O desafio do enfermeiro frente ao uso de canabinoides na Síndrome de Tourette

• Autor(a) principal: Serafim, Victória de Prá
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Vador, Rosana Maria Faria, Menêses, Thalita Martins Ferraz
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65497
• topic: canabinoides; enfermeiro; neuropsiquiatria; Síndrome de Tourette

Introdução: A Síndrome de Tourette (ST) é um transtorno neuropsiquiátrico que decorre de tiques motores e vocais. No Brasil, o uso medicinal de canabinoides está sendo cada vez mais aplicado entre as opções de tratamento de patologias psiquiátricas, incluindo a ST, onde é possível favorecer na modulação da atividade neuronal e redução da frequência e intensidade dos tiques, oferecendo uma melhor perspectiva de vida para essas pessoas. Na saúde mental, o enfermeiro é um integrante fundamental da equipe multidisciplinar, ele quem apresenta uma atuação voltada para o cuidado da saúde mental do indivíduo, identificando fatores de risco e/ou complicações com o uso de novas terapias. Objetivos: Levantar a atuação do enfermeiro no uso da Cannabis Sativa na Síndrome de Tourette, elaborar um fluxograma para detecção da intensidade de tiques da Síndrome de Tourette e propor uma escala classificatória de frequência de tiques da Síndrome de Tourette. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter exploratório, descritivo e qualitativo, realizada no período de 2011 a 2022, totalizando 10 bases de dados BVS, SciELO e revistas de saúde. Resultados: O enfermeiro desempenha um papel crucial no manejo da ST em associação com os canabinoides, onde são avaliados efeitos adversos, realizado monitoramento das dosagens e ofertado apoio emocional durante o processo. Foi proposto um fluxograma referente aos tiques da Síndrome de Tourette, agrupando-os de acordo com a sua intensidade, tiques leves, tiques moderados e tiques intensos. Também foi sugerida uma escala com a intenção de classificar os tiques em quatro graus, utilizando de pontuação e associando os tiques com o critério de frequência. Considerações finais: Conclui-se que a ST necessita de maior atenção dos enfermeiros, pois é uma síndrome social que sofre discriminação e, muitas vezes é reprimida devido ao surgimento dos tiques em situações inesperadas. O uso de canabinoides no tratamento da ST é um tema que ainda promete muita evolução científica, porém requer mais estudos para confirmação de sua eficácia e segurança.