Impacto do tabagismo em pacientes com tuberculose no período de 2008 a 2018 na região centro-oeste / Impact of smoking on tuberculosis patients from 2008 to 2018 in the mid-western region
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
DOI: | 10.34119/bjhrv4n3-077 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/29760 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Estima-se que 1,3 bilhão de pessoas no mundo consuma tabaco, e que a maioria delas vive em países subdesenvolvidos, onde as taxas de tuberculose (TB) também são maiores. Esta doença infectocontagiosa é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que é transmitida pelo ar através de gotículas contendo os bacilos ativos – acometendo, principalmente o sistema respiratório. É sabido que a fumaça do cigarro está relacionada à disfunção ciliar do trato respiratório, diminuindo a resposta imune do indivíduo e favorecendo o desenvolvimento da TB. O tabagismo também está associado ao abandono do tratamento da TB, influenciando diretamente no controle e disseminação da doença. OBJETIVOS: Descrever a proporção dos casos de TB pulmonar associado ao tabagismo na região Centro-Oeste, entre 2008-2018. METODOLOGIA: Foi realizado um corte transversal do número dos casos de tuberculose pulmonar associado ao tabagismo e as taxas de óbito, no período de 2008 a 2018 na região Centro-oeste. Os dados foram retirados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde disponíveis na plataforma de Informações de Saúde (TABNET). RESULTADOS: Observou-se que no Estado de Goiás há chance de 0,46% de óbito dos tuberculosos tabagistas pela doença e chance de cura de 5,12%, enquanto os tuberculosos não tabagistas possuem chance de 0,72% de óbito e 15,12% de cura. No DF as chances de óbito dos tuberculosos tabagistas foram de 0,12% e a de cura de 2,9%, já os tuberculosos não tabagistas apresentam chance de óbito de 0,17% e de cura de 17,9%. Observou-se no Mato Grosso que a taxa de óbito de tuberculosos tabagistas foi de 0,20% e a de cura de 3,04%, porém os tuberculosos não tabagistas apresentaram taxa de óbito de 0,57% e de cura de 15,8%. No estado do Mato Grosso do Sul, em tuberculosos tabagistas a taxa de óbito foi de 0,27% e de cura de 2,75%, mas nos tuberculosos não tabagistas a taxa de óbito foi de 0,64% e de cura de 13,3%. CONCLUSÃO: Segundo literatura especializada, foi possível constatar que a associação entre tabagismo e TB é importante questão de saúde pública. Não obstante, apesar de não ser o tabagismo o principal fator de se desenvolver TB, observa-se que na região centro-oeste, a chance de cura em tuberculosos não tabagistas é de 19% enquanto em tabagistas é de 4,43%. Apesar das evidências científicas, nota-se a subnotificação e, ainda, que as diretrizes mundiais demonstram pouca informação sobre a necessidade do combate ao tabagismo para melhor controle da TB. O sistema de saúde deve promover o apoio social necessário para mudanças de comportamento em saúde, demonstrando o impacto do fumo sobre as doenças infecciosas. É preciso reconhecer essa associação e inserir a educação em saúde para combater efetivamente o fumo, que trará consequente redução do risco de infecção por tuberculose. |
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