Reações adversas no centro cirúrgico: um relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Clara Magalhães Prates
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Vieira, Raquel Cristina Freire de Deus
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/66867
Resumo: A manutenção da atividade hemodinâmica no ato cirúrgico é de vital importância para o anestesiologista. A instabilidade hemodinâmica pode levar a complicações graves, incluindo hipotensão, isquemia miocárdica, insuficiência renal e acidente vascular cerebral. Dentre os fatores que podem levar a um possível desequilíbrio do estado hemodinâmico do paciente, incluem-se as reações adversas relacionadas ao procedimento, entre elas, as reações alérgicas. Este estudo tem por objetivo relatar o caso de uma paciente que apresentou reação adversa de provável origem alérgica durante a indução anestésica para realização  de colecistectomia videolaparoscópica. Após  indução de anestesia geral para realização do procedimento cirúrgico, paciente apresentou alterações hemodinâmicas de intensidade variável conforme contato com produtos contendo látex, sendo optado por acordar a paciente e reagendar sua cirurgia. Levando-se em consideração sua história pregressa, em que relata exposição prolongada ao látex  devido a trabalho em farmácia de manipulação, além de relato de reações adversas em cirurgias prévias compativeis com efeitos causados por opioides, levantou-se então a hipótese de alergia ao látex e/ou a opioides, optando-se, em um segundo momento, por uma anestesia opioide free, além também da ausência de látex em sala. A identificação precoce de pacientes com risco de alergia e o uso de agentes anestésicos alternativos são essenciais para minimizar o impacto das reações alérgicas durante a indução da anestesia. Sendo assim, é  imprescindível ao anestesista o conhecimento dos sinais que podem indicar um possível evento adverso ou reação alérgica dentro do bloco cirúrgico, para que se possa tomar medidas preventivas e de gerenciamento adequadas para minimizar seu impacto na recuperação do paciente.
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