Comportamento sexual e infecções sexualmente transmissíveis em mulheres que fazem sexo com mulheres no Brasil/ Sexual behavior and sexually transmited infections in women who have sex with women in Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontes, Gabriela de Queiroz
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Aguiar, Aline Rocha, Gonçalves, Amanda Silvestre Santos, Menezes, Juliana Pereira de Lucena, Santos, Vitória Teles Apolônio, Araújo, Rodrigo Almeida Santiago de, Dias, Júlia Maria Gonçalves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/24505
Resumo: INTRODUÇÃO: O padrão heteronormativo da sociedade acarreta dificuldade de acesso à saúde para população não-heterossexual, especialmente mulheres lésbicas e bissexuais. Além de maior prevalência em diversas doenças, a prática sexual sem método preventivo adequado ocasiona um maior risco de desenvolver infecções sexualmente transmissíveis. OBJETIVO: Identificar o comportamento sexual e o perfil epidemiológico de mulheres que fazem sexo com mulheres no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional, descritivo, com dados coletados através de questionário próprio, contendo variáveis epidemiológicas e comportamentais. O estudo contou com a participação de 454 mulheres que preencheram todos os critérios de inclusão. RESULTADOS: Das 454 participantes, a maioria eram bissexuais (60%), com idade média de 23,7 anos, solteiras com parceiro (a) fixo (a) (48,35%), possuíam ensino superior incompleto (56,04%) e não seguiam nenhuma religião (71,6%). Quanto ao comportamento sexual, apenas uma pequena parte usa proteção contra ISTs no primeiro encontro sexual com outras mulheres (8,4%) e a principal justificativa para esse comportamento foi o desconhecimento de métodos eficazes e acessíveis. Quanto ao ato sexual, 38,9% fazem uso de brinquedos, mas apenas 42,37% destas usam condom nos equipamentos. No sexo oral, quase a totalidade não fazem uso de nenhuma proteção (96,04%). CONCLUSÃO: Observa-se que apesar de origens distintas, em um ponto todas elas se unem: a dificuldade para exercer uma vida sexual segura e mais discutida pela sociedade. Diante da vulnerabilidade desta população, estudos mais robustos devem ser realizados e utilizados para a elaboração de estratégias para minimizar os riscos da contração de ISTs neste grupo.
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