Diabetes gestacional e o risco de progressão para diabetes TIPO 2: uma revisão de literatura / Gestational diabetes and the risk of progression to TYPE 2 Diabetes: a literature review

• Autor(a) principal: Ligório, Maria Clara Mendes
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Ramos, Mariana Soares, Silva, Camila Horst da, Delamare, Luiza Nogueira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/42063
• topic: Diabetes gestacional; Diabetes mellitus tipo 2; Prevenção.

INTRODUÇÃO: Diabetes mellitus gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose com diagnóstico durante a gestação, que claramente não é diabetes mellitus tipo 1 (DM1) ou tipo 2 (DM2) pré-existente. O diagnóstico prévio de DMG é um fator de risco estabelecido para o desenvolvimento de DM2 na vida adulta. Cerca de 20-50% das mulheres com DMG irão progredir para DM2 dentro de 10 anos após gravidez, tornando-se importante problema de saúde pública. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática de literatura acerca do DMG e o risco de progressão para DM2, analisando os principais tópicos acerca deste tema. MÉTODO: O estudo é uma revisão sistemática de literatura, realizada em Outubro de 2021, no Pubmed e na Biblioteca Virtual de Saúde. Utilizou-se os descritores Gestational Diabetes e Risk of Progression to Type 2. Foram elegíveis os estudos que avaliaram o risco de progressão da DMG para DM2, possíveis desfechos, triagem e prevenção destas patologias. Foram encontrados 268 títulos. Destes, 140 foram selecionados, 40 foram lidos e elegeu-se 17 para o estudo. Dos não selecionados, 128 foram excluídos após a leitura de título e resumo e 123 por não responderem à questão norteadora. RESULTADOS: Observou-se que o DMG está relacionado a um risco 10 vezes maior de desenvolver DM2 após a gravidez do que aqueles com uma gravidez normoglicêmica. O avanço da idade materna, adiposidade pré e pós gestacional, história familiar de diabetes, dieta pouco saudável, sedentarismo e determinantes socioeconômicos foram reconhecidos como os principais fatores de risco para o DMG.  O risco maior de progressão para DM2 em mulheres com diagnóstico de DMG está associado à triagem deficiente e falta de cuidados preventivos no pós-parto. Mudanças no estilo de vida e o controle adequado da nutrição mostraram-se como meios de prevenção e controle do DMG, assim como, na redução da progressão para DM2. CONCLUSÃO: Sendo assim, visando uma maior adesão à mudanças do estilo de vida e preservando as necessidades e individualidades de cada mulher, revela-se de extrema importância aumentar a conscientização das pacientes acerca do DMG, bem como de realizar prevenção, tratamento e comparecimento à triagem pós-parto. Aos profissionais de saúde torna-se notória a importância de usar estratégias centradas na paciente para melhorar a aceitação do rastreamento e manejo, para, assim, possibilitar a redução da progressão de DM2 após DMG.