Perfil epidemiológico da sífilis gestacional em Santa Catarina: um comparativo com o Brasil / Epidemiological profile of gestational syphilis in Santa Catarina: a comparison with Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pasqualotto, Eric
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: da Silva, Amanda Carolina Fonseca, De Oliveira, Beatriz Carvalho, Santiago, Kaliny Oliveira, Dos Santos, Suelen, Maschietto, Vitor Mauricio Merlin, Caçote, Sofia De Miranda, Conte, Gabriela Lana, Machado, Sofia Ferreira, Silva, Mariá Lessa, Dos Santos, Eduardo Dalagnol Winkel, Mendes, Kevyn Felipe
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/39614
Resumo: Introdução: A sífilis gestacional é definida por casos em que a mulher é diagnosticada com sífilis durante o pré-natal, parto ou puerpério. No Brasil, a taxa de incidência da sífilis gestacional aumentou consideravelmente entre 2010 a 2017, além da taxa de detecção ter aumentado progressivamente nos últimos anos no estado de Santa Catarina, evidenciando um grave problema de saúde pública. Este estudo tem como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional no estado de Santa Catarina entre 2015 e 2020, comparativamente ao cenário nacional. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo, de natureza quantitativa, com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil. Os critérios de inclusão foram: ano de diagnóstico, taxa de detecção, idade gestacional, faixa etária, escolaridade, cor ou raça, esquema de tratamento e classificação clínica. Resultados: Foram notificados 10.592 casos de sífilis gestacional em Santa Catarina e 307.689 casos no Brasil. 52,1% dos casos em Santa Catarina foram em gestantes que se encontravam no 1º trimestre da gestação, enquanto no Brasil 38,7% se encontravam nesse período gestacional. Os casos notificados foram principalmente em gestantes com ensino médio completo, tanto no estado, quanto no país, além de serem predominantes em gestantes de cor ou raça branca em Santa Catarina e em gestantes de cor ou raça parda no Brasil. A penicilina foi o tratamento mais utilizado em todos os anos. Ainda, em relação à classificação clínica, os casos, em sua maioria, foram de sífilis primária. Conclusões: O perfil epidemiológico da sífilis gestacional em Santa Catarina reflete tendência recente no Brasil, com exceção dos índices relativos à raça, os quais espelham a população catarinense. Ainda, há necessidade de fortalecimento das medidas profiláticas e terapêuticas na contenção da epidemia da sífilis, uma vez que permanece um grave desafio da saúde pública catarinense, sendo o grande preditor da sífilis congênita.
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