Análise do acesso aos serviços de imunização na atenção primária à saúde nos municípios do Estado da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Rodrigo Jose Andrade
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Loureiro, Norma Caroline Furtado Montenegro, Coutinho, Lucas Bronzeado Cavalcanti, Sefer, Lucas Ruan da Silva, Martins, Lourdes Conceição, Barbieri, Carolina Luisa Alves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67371
Resumo: A vacinação é um dos pilares da saúde pública, sendo responsável pelo controle e eliminação de doenças imunopreveníveis. O Brasil passa por um momento de queda em suas taxas de cobertura vacinal, desde 2015, redução que é multicausal. É necessário estudar diferentes aspectos dessa regressão, incluindo as questões referentes ao acesso e aos serviços de saúde/salas de vacinação. O objetivo deste trabalho é analisar os indicadores relacionados ao acesso às salas de vacina na Atenção Primária à Saúde nos municípios da Paraíba no ano de 2017. Trata-se de um estudo do tipo ecológico misto, utilizando a Cobertura Vacinal da primeira dose da Difteria-Pertussis-Tétano (DPT1) como variável dependente nos 223 municípios da Paraíba e sua relação com outros indicadores de saúde e demográficos, que foram usados como variáveis independentes. Foi realizada a análise descritiva das variáveis e as estatísticas inferenciais, sendo conduzida a regressão logística univariada e, posteriormente, a múltipla nas variáveis com significância estatística. A cobertura vacinal da DPT1 foi considerada adequada em 120 municípios (53,8%). O índice da cobertura vacinal da DPT1 apresentou um percentual médio de 97,08% entre os municípios. O número de municípios com população vivendo predominantemente em áreas rurais teve um percentual médio de 43,5%, enquanto em áreas urbanas foi de 56,01%. No que diz respeito à cobertura de atenção básica, observou-se uma média de 97,08%, enquanto a porcentagem de nascidos vivos com mais de 7 consultas pré-natal foi de 73,28%. Os resultados das estatísticas inferenciais mostraram que tanto o número de salas de vacina por nascidos vivos quanto a cobertura da atenção básica influenciaram positivamente na CV da DPT1. No entanto, apenas a variável cobertura da atenção básica manteve significância estatística no modelo múltiplo. Dessa forma, conclui-se que os indicadores relacionados ao acesso às salas de vacina na atenção primária à saúde demonstram que municípios com cobertura de atenção básica adequada possuem melhores índices de CV da DPT1, tornando-o um índice relevante em nosso estudo. Pressupõe-se, então, que a atenção de cobertura básica elevada cumpre o seu dever de forma adequada, com importância significativa em comparação a dados demográficos, reiterando a relevância e necessidade de valorização da atenção primária à saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
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