Correção de severa assimetria facial decorrente de osteocondroma: relato de caso e revisão de literature/ Correction of severe facial asymmetry due to osteochondroma: case report and literature review

• Autor(a) principal: Carvalho, Lidylara Lacerda Araújo
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Silveira, Anna Karolyne Grando, Melo, Adriel Soares de, Cardoso, Cláudio Marcelo, Laranjeira, Anamaria de Lima, Rodrigues, Danillo Costa, Filho, Mario Rodrigues de Melo
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/21700
• topic: Osteocondroma; ATM; condilectomia; cabeça da mandíbula; cirurgia buco-maxilo-facial.

O osteocondroma trata-se de uma formação anômala de osso e/ou cartilagem na superfície de um osso normal, de crescimento lento que pode impactar estruturas anatômicas adjacentes e gerar complicações à medida que o seu tamanho aumenta, está entre os tumores ósseos benignos mais comuns e sua prevalência se encontra no esqueleto axial. Acomete principalmente mulheres e raramente está associado à região bucomaxilofacial. Embora seja pouco encontrado nessa região, quando presente nos ossos da face é comum que se desenvolva na articulação temporomandibular. O objetivo deste artigo é revisar a literatura e apresentar um relato de caso incomum de osteocondroma na cabeça da mandíbula. Uma paciente de 48 anos de idade, do sexo feminino, feoderma, foi encaminhada ao nosso serviço bucomaxilofacial queixando-se de progressiva limitação da abertura bucal ao longo de vinte anos, dor na região da cabeça da mandíbula direita, dificuldade para se alimentar e falar. Nenhum histórico de doença sistêmica ou trauma foi relatado. Uma análise minuciosa dos exames complementares levou ao diagnóstico de osteocondroma.  A partir da tomografia computadorizada e reconstrução tridimensional, foi solicitado ao serviço de prototipagem a construção de um modelo físico anatômico em três dimensões dos maxilares, para o planejamento do procedimento cirúrgico. O tratamento proposto para a paciente foi a condilectomia total, ressecção radical do tumor com margem de segurança, seguida de osteotomia vertical deslizante para reposição da articulação. Após conduta clínica, a paciente está sendo acompanhada e realiza exames radiográficos periodicamente. Sua abertura bucal 2 anos depois da cirurgia é de 26mm, a melhora da assimetria facial e da oclusão foi alcançada, além de remissão da dor, reconstituição da fala e capacidade de se alimentar adequadamente.