Caracterização das infecções do trato urinário causados por bactérias produtora de beta-lactamase de espectro estendido (BLES) / Characterization of urinary tract infections caused by beta-special beta-lactamase producer of extended spectrum (BLES)
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/2483 |
Resumo: | Justificativa e objetivos: Infecções relacionadas à assistência à saúde representam uma ameaça para os pacientes no mundo todo. De acordo com dados da literatura, as bactérias produtoras da enzima beta-lactamase de espectro estendido (BLES) tem a capacidade de produzir cepas uropatogênicas resistentes à fluorquinolonas. O objetivo do nosso estudo foi determinar a presença da enzima BLSE e analisar a multirresistências aos antibióticos em uroculturas de clientes atendidos em um laboratório de Fortaleza, Ceará. Métodos: Foi realizado um estudo retrosprospectivo dos resultados de exames de uroculturas realizados no Laboratório Clementino Fraga entre os meses de julho a dezembro de 2017. Os dados dos exames de uroculturas foram retirados dos arquivos do Sistema de Informação Laboratorial utilizado pelo Laboratório Clementino Fraga. O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos com número do parecer 2.068.237. Todos os testes foram bicaudais e significância estatística foi atribuída a valores de p <0,05. A análise estatística foi realizada no software SPSS versão 17.0 (SPSS, Inc.,Chicago, IL, EUA). Resultados: Durante o período do estudo foram identificados 2835 microrganismos em amostras de urina das quais 2201 (77,9%) foram positivas para o grupo das enterobactérias. O microrganismo mais frequente em nosso estudo foi a Escherichia coli com 64,21% (1814 dos 2825 isolados). Dentre as bactérias isoladas foram encontradas 298 (13,1%) produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (BLES) e 1970 (86,8%) BLES negativo. Ressaltamos que 35,23% (p>0.987) das Escherichia coli e 28,19% (p>0.847) das Klesbsiella pneumoniae foram BLSE positivas, porém, não foi estatisticamente significante. As taxas de resistência a antibióticos para isolados MDR foram significativamente maiores do que as não MDRE para todos os antibióticos testados com significância de p<0,05, com exceção com exceção apenas dos carbapenêmicos. Conclusão: A análise dos resultados sugere emergência para o desenvolvimento e disseminação de resistência em isolados de E. coli na comunidade para as fluorquinolonas e BLES. |
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