Rabdomiólise como efeito adverso ao uso de estatinas: uma revisão bibliográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, Hugo Araújo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Viguini, Julia Avancini, Costa, Allana Aparecida Maciel, Santos, Oséias de Oliveira, Caetano, Ramon Barbosa, Barbosa, Víctor Morelli Andrade, Duarte Filho, Jorge Luiz, Fernandes, Igor Cardoso, Gomes, Renata Vitoriano Corradi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/61348
Resumo: Introdução: Dentre os sintomas musculares associados às estatinas (SMAE), a rabdomiólise é, frequentemente, a manifestação de pior prognóstico. Apesar de ser considerada rara, essa condição incorre em um alto nível de mortalidade e possui importante correlação com o tratamento das dislipidemias, já que as estatinas são medicamentos utilizados para essa comorbidade. Logo, o tema abordado tem demonstrado importância na prática clínica e na abordagem farmacológica. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica acerca dos fatores de risco, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e manejo da rabdomiólise induzida por estatinas. Metodologia: Revisão da literatura de caráter analítico e descritivo, seguimos parcialmente a metodologia PRISMA para catalogação dos resultados, sendo selecionados 91 artigos científicos dos quais apenas 44 literaturas foram incluídas na presente revisão. Os artigos foram selecionados a partir das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e National Library of Medicine (PUBMED). Resultado: A rabdomiólise, como reação colateral das estatinas, está bem documentada na literatura. Verifica-se que é uma condição rara e a mais letal das miopatias induzidas por estatinas, já que diversos fatores endógenos e exógenos atuam como potenciais aditivos ao risco de desenvolvimento dessa condição. O diagnóstico é essencialmente baseado nos níveis de Creatinofosfoquinase (CPK) e na sintomatologia adjacente, especialmente a Insuficiência Renal Aguda (IRA). O manejo terapêutico baseia-se na retirada da estatina, suporte clínico e monitoração. Conclusão: A rabdomiólise é uma condição rara, porém de grande relevância clínica por conta de suas graves repercussões. Sua relação com o uso de estatinas deve ser considerada quando a clínica for sugestiva, principalmente na presença de fatores de risco. A informação aos pacientes a respeito dos riscos envolvidos na terapia de estatinas pode ajudar na identificação da miopatia precocemente. Na presença de sintomas, o manejo é baseado na descontinuação do medicamento associado a medidas de suporte clínico. Além disso, deve-se considerar os diagnósticos diferenciais nos casos de não resolução. 
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