Schwannoma Vestibular / Vestibular Schwannoma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, João Vitor da
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Cardoso, Victor Lucas de Santana, Rodrigues, Gerlan da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/20718
Resumo: Introdução: O schwannoma é um tumor benigmo que em geral acomete o nervo vestíbulococlear, sede de 60-80% dos tumores no ângulo pontocerebelar. Essa neoplasia do acústico foi observada em autopsia e descrita pela primeira vez em 1777, pelo profesor Edward Sandiford. Histologicamente esse tumor deriva das células de schwann, sendo relacionado com distúrbios cromossômicos, neurofibromatose e ausênçia de supressão tumoral. Apresenta crescimento lento, 0,25 a 0,4 mm/ano, variando de acordo com a localização, sendo que os tumores intracanaliculares apresentam crescimento mais lento que os extracanaliculares. Quando microscópicos, apresentam-se assintomáticos até a idade adulta. Entretanto, tumores não tratados podem levar à compressão do tronco cerebral, aumento da pressão intracraniana e até morte. Objetivo: Estabelecer uma revisão de literatura acerca das condutas neurocirúrgicas pertinentes aos casos de schwannoma vestibular avaliando as possíveis complicações e o risco cirúrgico lesivo de estruturas adjacentes. Metodologia: Procedeu-se a revisão sistemática por meio de pesquisa, sendo selecionados 20 artigos da base de dado SCIELO e Pubmed no periodo de 2007 a 2019. Resultados: As abordagens relacionadas ao schwannoma do oitavo par craniano são indicadas quando se faz presente os efeitos compressivos sobre o tronco cerebral, são elas; via fossa média, via suboccipital retrosigmoide e via retrolabiríntica, todas indicadas para ressecção cirúrgica completa do tumor. A técnica de dissecção extracisternal foi mais comumente usada associada à abordagem suboccipital. A partir da craniotomia retrosigmoide e drenagem do líquor da cisterna magna, o conduto auditivo interno é aberto dando início à visualização do tumor, ressecção da capsula, postergando a região proximal do CAI devido sua maior aderência, mantendo sempre íntegra a aracnóide como um marcador de limite anatômico com outras estruturas nervosas. Conclusões: A preservação da aracnoide mater como limite cirúrgico está relacionada com um menor risco de lesão do nervo facial, que compartilha trajetória com o vestíbulococlear pelo CAI, com 93% dos pós-operatórios tendo a função preservada ou disfunção leve pela escala de House-Brackmann. Dessa forma, faz-se-à evidente a importância da escolha da abordagem, técnica e perícia do neurocirurgião, além dos achados intraoperatórios, como fatores relacionados ao melhor prognóstico diante dos schwannomas vestibulares.
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