A percepção dos profissionais paliativistas sobre o processo da morte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65829 |
Resumo: | A morte faz parte das circunstâncias da vida, mesmo que ainda muito associada ao sofrimento seja ele físico, psíquico, espiritual ou social, a morte também pode significar um ensinamento no momento em que ela causa as maiores dores. Durante o passar dos anos a relação da sociedade com a morte foi se modificando. O que era visto com maior naturalidade foi tomando ares sombrios e se tornou um tabu. Nos cuidados paliativos, por sua vez, o contato com a morte é tido não como algo negativo, mas tratado como um direito, o direito à boa morte, com dignidade e autonomia dos sujeitos. O primeiro conceito sobre cuidados paliativos foi dado pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 1990, sendo atualizado em 2017 como sendo uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes - seja ele adulto ou criança – e de suas famílias que enfrentam problemas associados a doenças que ameacem a vida. É uma abordagem que previne e que alivia o sofrimento por meio da identificação precoce, da avaliação e do tratamento correto da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Assim, o objetivo deste estudo é compreender a percepção dos profissionais paliativista em face às vivências em situações de morte e morrer no ambiente de trabalho como fora. Para este fim, participaram da pesquisa 17 profissionais de diversas categorias da equipe multiprofissional de cuidados paliativos que atuam em um hospital especializado em cuidados paliativos no DF. A coleta dos dados se deu através do formulário formulado pelo “Google forms” e compartilhado em grupos de WhatsApp. Sua análise foi feita baseada na técnica da análise de dados da Bardin (2016). Dos 17 entrevistados 23% são assistentes sociais; 17,6% nutricionistas; 11,8% enfermeiros; 11,8% psicólogos; 5,9% farmacêutico; 5,9% fonoaudiólogos; 5,9% odontólogos; 5, 9% médicos e 5,9% fisioterapeutas. Cada um trouxe consigo um entendimento sobre a morte bastante singular e rico, seja ela entendida como uma passagem, descanso, um mistério a ser vivido ou algo natural da vida. Diante do lidar com a morte no processo de trabalho, os entrevistados trouxeram que compartilhar aflições seja com os colegas de trabalho ou algum familiar é o método escolhido para o autocuidado, demonstrando que os laços afetivos ainda são uma fonte inesgotável de acolhimento, proteção e suporte para esses profissionais. |
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