Gravidez na adolescência e vulnerabilidade em tempos de pandemia pelo sars-cov-2 (covid-19) / Pregnancy in adolescence and vulnerability in times of pandemic by sars-cov-2 (covid-19)

• Autor(a) principal: Leite, Yasmin Sendrete de Carvalho Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Santos, Ana Cecília Figueiró, Ramos, Maria Letícia Carvalho da Cruz, Pereira, Marcela Maria Capelin, Brito, Georgia Maciel da Silva
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/33768
• topic: Gravidez na Adolescência; Violência Obstétrica; Covid; Gravidez.

Introdução: A adolescência compreende o período dos 10 aos 19 anos, no qual ocorrem grandes mudanças que serão determinantes para a formação da mulher adulta. Nessa fase, a gravidez é considerada um problema de saúde pública devido as complicações maternas e neonatais que podem ocorrer, bem como os agravantes de problemas psicossociais e econômicos. A gravidez por si só é um processo de construção e adaptação, mas nos casos das adolescentes esse desafio é ainda maior. Aliado a toda essa problemática, surgiu em Wuhan, em 2019, a Covid-19, uma infecção viral transmitida pelo SARS-COV-2. A infecção foi declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde em 2020, desde então, os sistemas de saúde estão sendo desafiados e sofrendo inúmeras mudanças, com isso, os direitos ao parto e os padrões de assistência vêm se alterando e em, muitos casos, tendo perdas significativas. Objetivos: Analisar a relação entre a pandemia causada pelo SARS-CoV-2 (Covid-19) e o aumento da vulnerabilidade da gravidez na adolescência. Métodos: Revisão sistematizada de literatura, sem realização de metanálise, que buscou responder qual a relação da pandemia da Covid-19 com a vulnerabilidade da gravidez na adolescência. A pesquisa ocorreu por meio das plataformas PubMed, Nature, Science, The New England Journal of Medicine, Nature medicine. Foram incluídos artigos nacionais e internacionais publicados do período de 2019 a 2020. Resultados: Houve aumento dos casos de violência obstétrica devido à realização de intervenções sem evidência científica. Houve violação dos direitos das mulheres com a proibição de acompanhantes durante o parto e a separação da mãe e do recém-nascido após o nascimento. Considerações finais: Estudos e ações para o conhecimento e o impedimento de atos que violam os direitos das puérperas adolescentes são necessários devido ao elevado impacto que é gerado na vida das mulheres, seus filhos e na sociedade como um todo.