Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Gouvêa, Natália Braga
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Silva, Isabella Cristina, Leite, Gabriela Baêta Barbosa, França, Emanuely Cardoso, de Gouvêa, Débora Braga, Freitas, César Eduardo Hori, Gouvea, Carolyne Stephany de Oliveira, e Fagundes, Maria Eduarda Martins Campos, Alito, Maria Fernanda Ribeiro, Figueiró, Laura de Alvarenga Pedras
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62669
Resumo: Introdução: Mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE) têm perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal, por exemplo, esforço físico, espirro, tosse e riso na ausência de contração da bexiga. Acredita-se que a IUE esteja relacionada à falta de suporte mecânico da uretra ou à má coaptação dos tecidos uretrais, resultando em resistência insuficiente ao escoamento da urina durante o aumento da pressão abdominal. Usualmente acomete mulheres mais jovens, com maior incidência entre 45 a 49 anos. Assim, visto que o tratamento cirúrgico é indicado para pacientes refratárias à terapia clínica, destaca-se o sling de incisão única (SIMS) como alternativa ao sling de uretra média (SUM), que é a primeira escolha no manejo intervencionista. Objetivos: Analisar as evidências atuais do tratamento cirúrgico da IUE com o SIMS, em termos de eficácia e segurança, a partir da comparação de seus desfechos com o SUM.  Métodos: Revisão de 27 artigos encontrados nas bases de dados PubMed e Google Scholar, a partir dos descritores "Stress urinary incontinence", “Surgical management", “Mid-urethral sling" e “Single-incision sling”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 10 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática. Resultados e discussão: Os estudos mostraram que, em até 3 anos de seguimento, o SIMS apresenta taxas de cura subjetiva e objetiva comparáveis ao SUM, ou seja, a análise da percepção das pacientes e do teste de esforço de tosse mostraram a não inferioridade do método. Embora tenha apresentado tempo de procedimento e dor pós-operatória discretamente menores, o SIMS esteve associado a maiores riscos de exposição da malha e de necessidade de reintervenção em relação ao SUM. Conclusão: Foi possível compreender que a abordagem de incisão única é uma tendência atual em desenvolvimento e com eficácia comparável ao padrão-ouro. Entretanto, salienta-se a necessidade de novas pesquisas com maiores amostras e tempo de acompanhamento a fim de determinar com maior precisão seus desfechos. Assim, vale reforçar a indicação de decidir a técnica cirúrgica com base em uma decisão compartilhada entre cirurgião e paciente.
id BJRH-0_e879f101e2b28366de8f2a4d611624ba
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/62669
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atualincontinência urinária de esforçomanejo cirúrgicosling de uretra médiasling de incisão únicaIntrodução: Mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE) têm perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal, por exemplo, esforço físico, espirro, tosse e riso na ausência de contração da bexiga. Acredita-se que a IUE esteja relacionada à falta de suporte mecânico da uretra ou à má coaptação dos tecidos uretrais, resultando em resistência insuficiente ao escoamento da urina durante o aumento da pressão abdominal. Usualmente acomete mulheres mais jovens, com maior incidência entre 45 a 49 anos. Assim, visto que o tratamento cirúrgico é indicado para pacientes refratárias à terapia clínica, destaca-se o sling de incisão única (SIMS) como alternativa ao sling de uretra média (SUM), que é a primeira escolha no manejo intervencionista. Objetivos: Analisar as evidências atuais do tratamento cirúrgico da IUE com o SIMS, em termos de eficácia e segurança, a partir da comparação de seus desfechos com o SUM.  Métodos: Revisão de 27 artigos encontrados nas bases de dados PubMed e Google Scholar, a partir dos descritores "Stress urinary incontinence", “Surgical management", “Mid-urethral sling" e “Single-incision sling”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 10 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática. Resultados e discussão: Os estudos mostraram que, em até 3 anos de seguimento, o SIMS apresenta taxas de cura subjetiva e objetiva comparáveis ao SUM, ou seja, a análise da percepção das pacientes e do teste de esforço de tosse mostraram a não inferioridade do método. Embora tenha apresentado tempo de procedimento e dor pós-operatória discretamente menores, o SIMS esteve associado a maiores riscos de exposição da malha e de necessidade de reintervenção em relação ao SUM. Conclusão: Foi possível compreender que a abordagem de incisão única é uma tendência atual em desenvolvimento e com eficácia comparável ao padrão-ouro. Entretanto, salienta-se a necessidade de novas pesquisas com maiores amostras e tempo de acompanhamento a fim de determinar com maior precisão seus desfechos. Assim, vale reforçar a indicação de decidir a técnica cirúrgica com base em uma decisão compartilhada entre cirurgião e paciente.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2023-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6266910.34119/bjhrv6n5-004Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 19504-19518Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 19504-19518Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 19504-195182595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62669/45097de Gouvêa, Natália BragaSilva, Isabella CristinaLeite, Gabriela Baêta BarbosaFrança, Emanuely Cardosode Gouvêa, Débora BragaFreitas, César Eduardo HoriGouvea, Carolyne Stephany de Oliveirae Fagundes, Maria Eduarda Martins CamposAlito, Maria Fernanda RibeiroFigueiró, Laura de Alvarenga Pedrasinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-04T13:20:51Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/62669Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2023-09-04T13:20:51Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
title Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
spellingShingle Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
de Gouvêa, Natália Braga
incontinência urinária de esforço
manejo cirúrgico
sling de uretra média
sling de incisão única
title_short Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
title_full Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
title_fullStr Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
title_full_unstemmed Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
title_sort Manejo cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres: o sling de incisão única como tendência atual
author de Gouvêa, Natália Braga
author_facet de Gouvêa, Natália Braga
Silva, Isabella Cristina
Leite, Gabriela Baêta Barbosa
França, Emanuely Cardoso
de Gouvêa, Débora Braga
Freitas, César Eduardo Hori
Gouvea, Carolyne Stephany de Oliveira
e Fagundes, Maria Eduarda Martins Campos
Alito, Maria Fernanda Ribeiro
Figueiró, Laura de Alvarenga Pedras
author_role author
author2 Silva, Isabella Cristina
Leite, Gabriela Baêta Barbosa
França, Emanuely Cardoso
de Gouvêa, Débora Braga
Freitas, César Eduardo Hori
Gouvea, Carolyne Stephany de Oliveira
e Fagundes, Maria Eduarda Martins Campos
Alito, Maria Fernanda Ribeiro
Figueiró, Laura de Alvarenga Pedras
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv de Gouvêa, Natália Braga
Silva, Isabella Cristina
Leite, Gabriela Baêta Barbosa
França, Emanuely Cardoso
de Gouvêa, Débora Braga
Freitas, César Eduardo Hori
Gouvea, Carolyne Stephany de Oliveira
e Fagundes, Maria Eduarda Martins Campos
Alito, Maria Fernanda Ribeiro
Figueiró, Laura de Alvarenga Pedras
dc.subject.por.fl_str_mv incontinência urinária de esforço
manejo cirúrgico
sling de uretra média
sling de incisão única
topic incontinência urinária de esforço
manejo cirúrgico
sling de uretra média
sling de incisão única
description Introdução: Mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE) têm perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal, por exemplo, esforço físico, espirro, tosse e riso na ausência de contração da bexiga. Acredita-se que a IUE esteja relacionada à falta de suporte mecânico da uretra ou à má coaptação dos tecidos uretrais, resultando em resistência insuficiente ao escoamento da urina durante o aumento da pressão abdominal. Usualmente acomete mulheres mais jovens, com maior incidência entre 45 a 49 anos. Assim, visto que o tratamento cirúrgico é indicado para pacientes refratárias à terapia clínica, destaca-se o sling de incisão única (SIMS) como alternativa ao sling de uretra média (SUM), que é a primeira escolha no manejo intervencionista. Objetivos: Analisar as evidências atuais do tratamento cirúrgico da IUE com o SIMS, em termos de eficácia e segurança, a partir da comparação de seus desfechos com o SUM.  Métodos: Revisão de 27 artigos encontrados nas bases de dados PubMed e Google Scholar, a partir dos descritores "Stress urinary incontinence", “Surgical management", “Mid-urethral sling" e “Single-incision sling”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 10 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática. Resultados e discussão: Os estudos mostraram que, em até 3 anos de seguimento, o SIMS apresenta taxas de cura subjetiva e objetiva comparáveis ao SUM, ou seja, a análise da percepção das pacientes e do teste de esforço de tosse mostraram a não inferioridade do método. Embora tenha apresentado tempo de procedimento e dor pós-operatória discretamente menores, o SIMS esteve associado a maiores riscos de exposição da malha e de necessidade de reintervenção em relação ao SUM. Conclusão: Foi possível compreender que a abordagem de incisão única é uma tendência atual em desenvolvimento e com eficácia comparável ao padrão-ouro. Entretanto, salienta-se a necessidade de novas pesquisas com maiores amostras e tempo de acompanhamento a fim de determinar com maior precisão seus desfechos. Assim, vale reforçar a indicação de decidir a técnica cirúrgica com base em uma decisão compartilhada entre cirurgião e paciente.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62669
10.34119/bjhrv6n5-004
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62669
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv6n5-004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/62669/45097
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 No. 5 (2023); 19504-19518
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 6 Núm. 5 (2023); 19504-19518
Brazilian Journal of Health Review; v. 6 n. 5 (2023); 19504-19518
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240033839677440