Angiomiolipoma renal: abordagem minimamente invasiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tomain, Anselmo Emílio
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Monteiro, Vanessa Maria, Mendonça, Igor de Assis Sisconetto, Marinato, Tayná Ise, de Camargo, Ana Letícia Garcia Rolim, Rocha, Nicolas Alves, de Oliveira, Thaysa Parreira, Simoni, Anderson Lubito
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/57185
Resumo: Introdução: Os angiomiolipomas renais (AMLs) são neoplasias constituídas por vasos, músculo liso e tecido adiposo que ocorrem na loja renal, sendo a grande maioria deles lesões benignas. Descrição do Caso: Paciente feminina, 66 anos, com desconforto em hipogástrio e região lombar há cerca de 5 meses. Após realização de exames de imagem, radiologista enfatizou probabilidade de angiomiolipoma. Após o diagnóstico, optou-se por realização de embolização da neoplasia. Não houve intercorrências durante o procedimento, paciente recebeu alta melhorada. Discussão: A maioria dos AMLs renais são assintomáticos e os pacientes geralmente chegam ao atendimento médico com um achado incidental em exames de imagem realizados para uma indicação diferente. Entre os pacientes sintomáticos, a hemorragia parece ser o sinal mais comum associada à dor abdominal ou em flanco, comprometimento da função renal, hipersensibilidade, hematúria, hipertensão e anemia. O risco de hemorragia significativa está relacionado ao tamanho dos AMLs, grau de vascularização, tamanho dos aneurismas dentro deles e tipo de crescimento. O diagnóstico de AML renal geralmente é feito por imagem. Preferencialmente, usa-se a ressonância magnética (RM) para estabelecer o diagnóstico. Os pacientes que desenvolvem sangramento ativo devem receber medidas de ressuscitação, caso hemodinamicamente instáveis, e, se possível, realizar angiografia imediata e embolização arterial seletiva (EAS) para interromper o sangramento. Os AMLs que possuem maior teor de gordura não costumam sofrer transformação maligna. Por outro lado, os AMLs com menor teor de gordura geralmente devem ser submetidos à biópsia percutânea por agulha grossa para avaliar o risco de transformação maligna. Conclusão: O fator mais importante que afeta o prognóstico dos pacientes com AML renal é se são esporádicos ou não. Os esporádicos são geralmente singulares e raramente requerem tratamento. Por outro lado, os AMLs renais associados ao complexo de esclerose tuberosa (CET) que são tipicamente multicêntricas, crescem mais rapidamente, são mais propensos a hemorragia e têm maior risco de transformação maligna. 
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