Meditação na educação médica: análise qualitativa das aulas de meditação para estudantes de medicina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64095 |
Resumo: | Introdução: Os benefícios das práticas meditativas têm despertado o interesse da comunidade acadêmica na implantação da meditação na educação médica. Contudo, a implantação das aulas de meditação nos cursos de graduação em medicina no Brasil tem ocorrido de maneira lenta e assíncrona nas universidades. O objetivo deste estudo é analisar a importância das aulas de meditação e a viabilidade da inserção de disciplinas de meditação com conteúdo sistematizado nos cursos de medicina. Relato de experiência e Resultados: O presente relato descreve o projeto piloto e voluntário com aulas teóricas e práticas de meditação a 125 acadêmicos do quinto semestre do curso de medicina da Universidade de Brasília. O grau de importância e de aceitabilidade das aulas de meditação foi avaliado pelos estudantes por meio de questionários que também possibilitaram a identificação de três perfis de personalidade para cada turma dos semestres letivos: “mente resistente”, “mente adaptável/maleável” e “mente altamente receptiva” (open-mindedness). Foram listados fatores relacionados à desmotivação dos alunos, como crenças religiosas, ateísmo, modalidade de meditação, método de ensino, e reações anômalas extemporâneas inesperadas (RANEIs). Discussão: A implantação da meditação na educação médica deve levar em consideração, entre outros, o perfil de personalidade dos alunos, o método de ensino, a adaptação do conteúdo programático às diferenças de crenças religiosas e ao ateísmo, e a compreensão das RANEIs associadas à meditação. Para reduzir o efeito de evasão dos acadêmicos, deve-se disponibilizar locais apropriados para as aulas de meditação, detectar previamente as necessidades e dúvidas dos estudantes sobre a utilização da meditação na educação médica, e compreender os fatores que desmotivam os estudantes a participarem das aulas de meditação. Conclusão: A escassez de locais apropriados para a prática da meditação, a ausência de conteúdo programático sistematizado de meditação, o método de ensino inadequado ao perfil de personalidade dos alunos, a vinculação errônea da meditação às crenças religiosas, a barreira da concepção ateísta e o ceticismo, e as RANEIs associadas às práticas meditativas, estão entre os fatores que podem desmotivar os acadêmicos. Tais fatores concorrem para minar a aceitabilidade da meditação na educação médica. |
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