Análise comparativa do risco de quedas de idosas obesas e não obesas / Comparative analysis of the risk of falls in obese and non-obese elderly women

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Costa, Janina Lied
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Amaral, Taís Fernandes, Porolnik, Sinara, Pivetta, Hedioneia Maria Foletto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/35491
Resumo: A crescente expectativa de vida provém do aumento do número de idosos e, muitas vezes, traz a incidência de diferentes problemas de saúde, incluindo a obesidade.  A “epidemia de obesidade” é resultado dos hábitos não saudáveis que pode resultar em muitas comorbidades. Além disso, fatores genéticos, comportamentais e ambientais, incluindo alimentação e o sedentarismo acabam impactando na qualidade de vida. Essas alterações tornam os idosos mais vulneráveis e podem ocasionar a ocorrência de quedas, também considerada um problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi comparar o risco de quedas de idosas obesas e não obesas. Originou-se do Projeto Integrado “Funcionalidade, risco de quedas, nível de atividade física e controle postural em mulheres com e sem Incontinência Urinária”, no qual foi realizado um recorte para análise do objetivo proposto. O estudo é de caráter transversal, observacional e quantitativo realizado com idosas pertencentes à comunidade e ao NIEATI/UFSM. Para compor a pesquisa foram selecionados, a partir do banco de dados, 32 idosas com média de idade de 66,75±5,59 anos tendo sido excluídas as idosas que declararam para o estudo de origem não ter algum problema de saúde. Utilizou-se uma Ficha de avaliação sociodemográfica para caracterização da amostra, Teste TUG e Fall Risk para avaliar o risco de quedas, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC) para qualificar o estado nutricional e classificar as idosas quanto a presença de obesidade. Os dados foram analisados através da estatística descritiva com distribuição de frequências de valores absolutos e percentuais. As idosas foram divididas em dois grupos, a saber: 19 idosas obesas e 13 idosas não obesas, sendo a maioria casadas (50% n=16), de etnia autodeclarada branca (75% n=24), aposentadas (65,63% n=21) e com ensino fundamental incompleto (43,75% n=14). O grupo classificado como obesas apresentou IMC=34,89 kg/m²±3,62 e CC=103,61±8,23 cm, enquanto que o grupo não obeso teve IMC= 26,47kg/m² ±1,86 e a CC=89,38 cm ±5,03. Quanto ao risco de quedas, avaliadas pelo Teste TUG, 63,16% (n=12) das idosas obesas apresentam risco, enquanto 69,23% (n=9) das idosas não obesas têm risco. Quando avaliadas pelo Fall Risk, 84,11% (n=16) das idosas obesas apresentam risco e entre as idosas não obesas o risco de quedas ocorre em 61,45% (n=8). Os resultados obtidos demonstraram que as idosas consideradas obesas apresentam maior risco de sofrer quedas, uma possível justificativa deve-se ao aumento da circunferência da cintura que, além de caracterizar um elevado risco de morbidades e mortalidade, pode causar mudanças na projeção do centro de gravidade que afetam negativamente o controle do equilíbrio corporal. Desta maneira, sugere-se que os idosos se mantenham ativos, incluindo em sua rotina atividades físicas de forma regular e preventiva, além de uma alimentação saudável.
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