Os impactos da pandemia por COVID-19 na doação de sangue e perfil dos doadores em um centro de hematologia e hemoterapia do Piauí

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Fernanda Jorge
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Rodrigues, Isabella Moura Leal, Reis, Renandro de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/64992
Resumo: O sangue humano e seus componentes são vitais para a saúde e embora a ciência tenha avançado, nada ainda foi desenvolvido para substituí-lo, portanto, as transfusões de sangue e seus componentes tornam-se medidas terapêuticas adequadas para determinadas doenças. Transplantes, quimioterapia e casos de grande perda de sangue. O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos da pandemia na doação de sangue e o perfil dos doadores no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI) em Teresina, PI. Consistiu em um estudo transversal com 197 doadores de sangue que foram convidados a responderem um questionário com 12 perguntas acerca do perfil sociodemográfico e processo de doação de sangue durante a pandemia do Covid-19. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa e pela comissão de ética do Hemopi. As variáveis categóricas foram apresentadas em forma de frequência (porcentagem). Conforme as entrevistas observou-se que a maioria dos doadores é do gênero masculino (57,4%) com idade média de 36±10,39 anos. Dentre os doadores, 76,1% foram de forma voluntária. Quanto ao estado civil, 50,3% são solteiros. Em relação à naturalidade, 51,3% são naturais de outra cidade, mas 69% moram em Teresina. A maior parte dos doadores se autodeclararam pardo (a) com 63,5%. Quanto à escolaridade, 39,6% completaram o ensino médio e 35% relataram ensino superior completo. Sobre as informações dos doadores sobre a doação de sangue, 58,4% referiram que não doaram durante a pandemia, já 41,6% doou, sendo que desse total 37,1% não doava sangue antes e houve uma distribuição homogênea na doações anualmente, a cada 3, 4 e 6 meses. Em relação as doações após a pandemia, 77,7% dos doadores afirmaram que já doaram. Indagados sobre desde quanto tempo é doador em anos, a maioria do gênero masculino relatou que é doador há mais de 10 anos, já do gênero feminino responderam que é há mais de 5 anos. Devido a necessidade de isolamento social durante a pandemia, o número de doações de sangue diminuiu consideravelmente. Os resultados evidenciaram que o Hemopi foi afetado de forma muito distinta pela pandemia, com uma redução no comparecimento dos doadores. Por outro lado, a taxa de doadores de retorno aumentou. É essencial que as autoridades de força máxima, como governos federal e estadual, junto com a OMS busquem alternativas de políticas públicas para aumentarem o número de doadores e evitar situações de falta de sangue futuramente.
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