Assistência de enfermagem transoperatória em tempos de COVID 19: um relato de experiência
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/67592 |
Resumo: | A COVID-19 é uma doença causada pelo novo Coronavírus que foi identificada na China em dezembro de 2019, logo depois já havia o registro de transmissão comunitária no Brasil, devido à sua elevada transmissibilidade, aliada à ausência de tratamentos reconhecidamente eficazes. O Centro Cirúrgico (CC) é uma unidade hospitalar onde são executados procedimentos anestésico-cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, tanto em caráter eletivo quanto de urgência e emergência. As práticas cirúrgicas foram diretamente afetadas em decorrência da pandemia da COVID-19, com necessidade de suspensões dos procedimentos eletivos e priorização dos de urgência e emergência. Neste contexto, o planejamento para a realização dos procedimentos cirúrgicos de forma mais segura, tanto para pacientes como para a equipe de profissionais, tornou-se um desafio e baseou-se em novos protocolos, checklists específicos e novas práticas para a prevenção e controle da transmissão do SARS-CoV-2. O estudo tem como objetivo relatar a experiência da assistência de enfermagem transoperatória a pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19. Trata-se de um relato de experiência sobre o planejamento e implementação de medidas de segurança na assistência transoperatória de enfermagem a pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19, em um CC de um hospital de referência da Zona Norte do Ceará. Com base na dinâmica assistencial da unidade cirúrgica, foram definidas salas operatórias (SO) exclusivas para a realização de procedimentos cirúrgicos em pacientes com suspeita ou caso confirmado da COVID-19, atendendo à recomendação da ANVISA e outras salas para procedimentos eletivos inadiáveis Destaca-se o recrutamento de profissionais para composição do quadro de plantões devido aumento da demanda assistencial, ressalta-se o treinamento dos mesmos sobre protocolos assistenciais e check lists utilizados em casos suspeitos de Covid 19. Para otimizar a organização da unidade de CC, passaram a ser exigidas informações como a sinalização dos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19 para planejamento da logística do atendimento do paciente, incluindo a quantidade exata de insumos, equipamentos e instrumentais a serem utilizados. Estas informações foram incluídas no aviso cirúrgico que consiste em um instrumento de comunicação do procedimento à unidade de CC. A quantidade de pessoas na SO foi limitada à equipe mínima necessária ao procedimento e foi recomendado que as sobras de instrumental cirúrgico e outros produtos para saúde reutilizáveis passariam a ser encaminhados ao CME em recipientes rígidos, embalados em sacos branco-leitosos, identificados como COVID-19. Sequencialmente, a equipe tática do serviço de higienização e limpeza, previamente capacitada, deveria proceder à limpeza terminal da sala operatória, utilizando o mesmo produto, padronizado pela instituição. Considera-se que a elaboração, a divulgação e a implementação do treinamento do protocolo e check list foram essenciais e necessários para a adequação do serviço de saúde. A construção desse novo processo de trabalho evidenciou a importância do enfermeiro na liderança, na educação permanente das equipes, na padronização e monitoramento dos processos de trabalho e no enfrentamento de toda e qualquer adversidade, principalmente de uma unidade cirúrgica. O compromisso, a proatividade e as ações colaborativas foram determinantes para um atendimento seguro, bem como para promover condições de trabalho adequadas a todos os envolvidos no processo. |
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