Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534 |
Resumo: | Introdução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte. Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico. |
id |
BJRH-0_f424e5670a1886f01eb77e5d4b80f06d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/13534 |
network_acronym_str |
BJRH-0 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Health Review |
repository_id_str |
|
spelling |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018FebreRegiãoTransmissãoIntrodução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte. Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2020-07-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1353410.34119/bjhrv3n4-124Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 4 (2020); 8789-8792Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 4 (2020); 8789-87922595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534/11342Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessAzevedo, Camila PantojaPaes, Andrea Luzia VazDuarte, Amanda dos SantosAzevedo, Andressa LimaLima, Gabriela Elenor dos SantosParente, Felipe AguiarFerreira, Jéssika AraújoRocha, Caroline Cunha da2020-09-24T10:58:45Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/13534Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2020-09-24T10:58:45Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
title |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
spellingShingle |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 Azevedo, Camila Pantoja Febre Região Transmissão |
title_short |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
title_full |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
title_fullStr |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
title_full_unstemmed |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
title_sort |
Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018 |
author |
Azevedo, Camila Pantoja |
author_facet |
Azevedo, Camila Pantoja Paes, Andrea Luzia Vaz Duarte, Amanda dos Santos Azevedo, Andressa Lima Lima, Gabriela Elenor dos Santos Parente, Felipe Aguiar Ferreira, Jéssika Araújo Rocha, Caroline Cunha da |
author_role |
author |
author2 |
Paes, Andrea Luzia Vaz Duarte, Amanda dos Santos Azevedo, Andressa Lima Lima, Gabriela Elenor dos Santos Parente, Felipe Aguiar Ferreira, Jéssika Araújo Rocha, Caroline Cunha da |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Azevedo, Camila Pantoja Paes, Andrea Luzia Vaz Duarte, Amanda dos Santos Azevedo, Andressa Lima Lima, Gabriela Elenor dos Santos Parente, Felipe Aguiar Ferreira, Jéssika Araújo Rocha, Caroline Cunha da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Febre Região Transmissão |
topic |
Febre Região Transmissão |
description |
Introdução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte. Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-07-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534 10.34119/bjhrv3n4-124 |
url |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534 |
identifier_str_mv |
10.34119/bjhrv3n4-124 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534/11342 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
publisher.none.fl_str_mv |
Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 4 (2020); 8789-8792 Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 4 (2020); 8789-8792 2595-6825 reponame:Brazilian Journal of Health Review instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
instname_str |
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
instacron_str |
BJRH |
institution |
BJRH |
reponame_str |
Brazilian Journal of Health Review |
collection |
Brazilian Journal of Health Review |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|| brazilianjhr@gmail.com |
_version_ |
1797240053249867776 |