Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Camila Pantoja
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Paes, Andrea Luzia Vaz, Duarte, Amanda dos Santos, Azevedo, Andressa Lima, Lima, Gabriela Elenor dos Santos, Parente, Felipe Aguiar, Ferreira, Jéssika Araújo, Rocha, Caroline Cunha da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534
Resumo: Introdução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte.  Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico.
id BJRH-0_f424e5670a1886f01eb77e5d4b80f06d
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/13534
network_acronym_str BJRH-0
network_name_str Brazilian Journal of Health Review
repository_id_str
spelling Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018FebreRegiãoTransmissãoIntrodução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte.  Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2020-07-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1353410.34119/bjhrv3n4-124Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 4 (2020); 8789-8792Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 4 (2020); 8789-87922595-6825reponame:Brazilian Journal of Health Reviewinstname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)instacron:BJRHporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534/11342Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Reviewinfo:eu-repo/semantics/openAccessAzevedo, Camila PantojaPaes, Andrea Luzia VazDuarte, Amanda dos SantosAzevedo, Andressa LimaLima, Gabriela Elenor dos SantosParente, Felipe AguiarFerreira, Jéssika AraújoRocha, Caroline Cunha da2020-09-24T10:58:45Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/13534Revistahttp://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/indexPRIhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/oai|| brazilianjhr@gmail.com2595-68252595-6825opendoar:2020-09-24T10:58:45Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)false
dc.title.none.fl_str_mv Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
title Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
spellingShingle Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
Azevedo, Camila Pantoja
Febre
Região
Transmissão
title_short Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
title_full Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
title_fullStr Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
title_full_unstemmed Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
title_sort Análise do perfil epidemiológico de Febre Tifóide e Paratifóide no Brasil entre os anos de 2014 a 2018 / Analysis of the epidemiological profile of Typhoid and Paratyphoid Fever in Brazil from 2014 to 2018
author Azevedo, Camila Pantoja
author_facet Azevedo, Camila Pantoja
Paes, Andrea Luzia Vaz
Duarte, Amanda dos Santos
Azevedo, Andressa Lima
Lima, Gabriela Elenor dos Santos
Parente, Felipe Aguiar
Ferreira, Jéssika Araújo
Rocha, Caroline Cunha da
author_role author
author2 Paes, Andrea Luzia Vaz
Duarte, Amanda dos Santos
Azevedo, Andressa Lima
Lima, Gabriela Elenor dos Santos
Parente, Felipe Aguiar
Ferreira, Jéssika Araújo
Rocha, Caroline Cunha da
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Azevedo, Camila Pantoja
Paes, Andrea Luzia Vaz
Duarte, Amanda dos Santos
Azevedo, Andressa Lima
Lima, Gabriela Elenor dos Santos
Parente, Felipe Aguiar
Ferreira, Jéssika Araújo
Rocha, Caroline Cunha da
dc.subject.por.fl_str_mv Febre
Região
Transmissão
topic Febre
Região
Transmissão
description Introdução: A febre tifóide é doença bacteriana causada pela Salmonella entérica sorotipo Typhi. Sua transmissão é de caráter fecal-oral e o período de transmissibilidade vai da primeira semana de infecção até os quatro meses seguintes da infecção, em que há eliminação de bacilos pelas fezes. O agente penetra a mucosa intestinal e sofre disseminação hematogênica para o sistema reticulo-endotelial. O quadro clínico é caracterizado por cefaleia, febre alta, calafrios, dor abdominal, diarreia, manchas rosadas no tronco (roséolas tíficas), e pode levar a sérias complicações, como esplenomegalia, perfuração intestinal e pancreatites. O tratamento é feito com antibacterianos, ambulatorialmente ou por meio de internações em casos graves. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da febre tifóide e paratifoide no Brasil no período de 2014 a 2018. Metodologia: Foi feito estudo epidemiológico de caráter transversal, observacional e descritivo. Os dados foram retirados do site do Ministério da saúde e da plataforma do DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares- SIHSUS. As variáveis foram sexo e região, com período referente aos anos de 2014 a 2018. Resultados: O estudo mostrou que 2015 foi o ano com o maior número de casos, sendo 858, seguido de 2016, com 716 registros. Notou-se uma redução de casos com o decorrer dos anos, pois em 2017 e 2018 foram notificados 221 e 237 casos respectivamente. Nas regiões, o Nordeste possui o maior número de registros; em 2014, por exemplo, de um total de 599, 347 foram dessa região; seguida pela região Norte, que no mesmo ano registrou 157 casos. Em 2015, o Nordeste notificou 698 casos, seguido do Norte, com 101, de um total de 858, o que pode estar relacionado ao baixo nível de saneamento nessas regiões. A região Centro Oeste possui o menor índice de registros, no ano de 2016 notificou 15 casos, em 2015 apenas 6. Os Estados com a maior quantidade de notificações são o Maranhão, no Nordeste, seguido pelo Pará, no Norte.  Em relação ao sexo, a distribuição foi variável com os anos, sendo que de 2014 a 2015 os maiores índices estiveram relacionados ao sexo feminino, e de 2016 a 2018 foram registrados mais casos no sexo masculino. Conclusão: A febre tifóide e paratifoide é uma doença de transmissão fecal-oral. No Brasil está mais presente nas regiões Norte e Nordeste, com menores índices na região Centro-Oeste, acomete principalmente homens e está muito relacionada à precariedade do saneamento básico.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-07-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534
10.34119/bjhrv3n4-124
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534
identifier_str_mv 10.34119/bjhrv3n4-124
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/13534/11342
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Health Review
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review; Vol. 3 No. 4 (2020); 8789-8792
Brazilian Journal of Health Review; v. 3 n. 4 (2020); 8789-8792
2595-6825
reponame:Brazilian Journal of Health Review
instname:Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
instname_str Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron_str BJRH
institution BJRH
reponame_str Brazilian Journal of Health Review
collection Brazilian Journal of Health Review
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Health Review - Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
repository.mail.fl_str_mv || brazilianjhr@gmail.com
_version_ 1797240053249867776