Cenário da Sífilis no Brasil em um período de cinco anos: como se comportou a doença entre 2015 e 2019 / Syphilis scenario in Brazil in a five-year period: how did the disease behaved between 2015 and 2019
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/33500 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela espiroqueta Treponema pallidum que pode ser transmitida de forma sexual e vertical, da mãe para o feto. A doença se apresenta em três estágios com sinais e sintomas variáveis. Lesão do cancro duro em região genital, referente à forma primária da doença, lesões eritematosas, maculosas e planas que atingem também mucosas periorais, como forma secundária, e a forma terciária ou tardia, é rara e apresenta período de latência, causando eventualmente necrose hepática, óssea, gonadal e dérmica. A sífilis congênita, outra forma da doença, pode causar prematuridade, hidropsia e óbito fetal além de sequelas em caso de vida da criança. OBJETIVO: Identificar, a partir de dados estudados, qual o cenário da infecção por Sífilis no Brasil em um período de cinco anos. Determinar quais pessoas estão adoecendo e as consequências diretas e indiretas dessa infecção. MÉTODOLOGIA: Foram utilizados dados do Painel de Indicadores Epidemiológicos, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil. Foram utilizados também dados da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), foram considerados os dados dos anos de 2015 a 2019. A bibliografia utilizada foi pesquisada pelos descritores em inglês “syphilis’ AND ‘Brazil” e português “sífilis’ E ‘Brasil” nas plataformas PubMed, SciELO e Google Acadêmico e selecionadas a partir de fatores de inclusão e exclusão estabelecidos pelos autores. RESULTADOS: No período, foram registrados 594.896 novos diagnósticos de sífilis, com taxa de detecção média de 57,32 a cada 100mil habitantes ao ano. A doença foi encontrada majoritariamente em homens, com 59.48% dos casos. Em gestantes, foram registrados 245.180 novos casos e a taxa de detecção da doença foi de 16,72 por mil nascidos vivos. Os casos de sífilis congênita, no período, somam 116.427, com taxa de detecção de 7.9 casos por mil nascidos vivos ao ano. As internações por sífilis somam 817.534 dias, divididos entre 87.147 pacientes. CONCLUSÃO: Os novos diagnósticos de sífilis são alarmantes, especialmente considerando que a maioria dos pacientes são homens e que, culturalmente, há maior resistência nesse grupo a procurar atendimento médico, fator atribuído ao machismo. Assim sendo, infere-se crescente e imediata necessidade de ampliação das testagens e rastreios para sífilis e outras ISTs, bem como aumento das campanhas de prevenção e pesquisa de contaminação. |
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