Discriminadores visuais e a atenção / Visual discriminators and attention

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Médici, Eduardo de Aquino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Rezende, Larissa Gonçalves, Thome, Nikolas Gabriel Knupp, de Santana, Vitor Ribeiro, Penna, Matheus de Souza, Baratti, Chryso Alkmim Rezende, Cerqueira, Clara Costa, Jardim, Marcos Vinicius Ideriha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/37875
Resumo: Introdução. A visão e a atenção dependem de discriminadores para a seleção do foco da atenção. Inicialmente, o cérebro interpretará informações globais, como previsto na teoria da hierarquia reversa, dado que sua interpretação é mais rápida e necessária. A partir das informações globais, segue-se a interpretação de figuras específicas; nesse ponto, entram fatores como velocidade, cor, forma e configuração da imagem, além do objetivo do observador, alterado pela percepção de situações mais positivas, não necessariamente mais vantajosas. Há ainda o fenômeno crowding, de efeito variável frente à capacidade de suprimir estímulos. Este estudo teve como objetivo sintetizar os principais fatores que influenciam a atenção com o intuito de analisar suas influências e sua progressão na interpretação das informações visuais. Método. Foram utilizados artigos extraídos do Journal of Neuroscience com a palavras-chave: “visual discriminators”. Sendo selecionados estudos que avaliassem tempo de resposta a alterações de discriminadores. Resultados. A velocidade de percepção global, IC=0,91s ± 0,01s, apesar de dependente de informações locais, 0,96s ± 0,15s, é mais rapidamente reportada que a local por desbalanços de densidade informacional em p < 0,01, além de constituir etapa para analisar a local. A velocidade da imagem aumenta atividade da região temporal medial superior; sua coloração estimula a área V4 cerebral; seu contorno aparenta ser processado no córtex inferotemporal; a configuração é analisada em áreas superiores a V1. Quanto ao consciente, observou-se a presença de influência econômica irracional no tempo de análise de figuras, em que o modelo de valência (p=0,002) apresentou melhor acurácia que o modelo de utilidade (p=0,360) [4]. Observaram-se efeitos no crowding desde V1, porém o efeito mais intenso fora identificado em V4 pela degradação da orientação. Discussão. A conscientização das informações globais seria anterior à das locais, constituindo o primeiro passo no processo da atenção. Haja visto a participação da velocidade de objetos vistos em reflexos motores que, por teoria, são inconscientes, possivelmente essa atuaria como discriminadora visual antes de outros no intuito de proteger os olhos e a cabeça de objetos em sua direção. Dessa forma, supõe-se a discriminante velocidade, ao menos dentre os discriminantes analisados nesse artigo, como segundo fator nessa cadeia de conscientização e o primeiro para as informações locais. Em sequência, não se utilizou de estudos que indicassem maior ou menor velocidade interpretativa acerca dos discriminadores cor, forma e configuração, de modo a adotá-los como de certa forma simultâneos em nossa análise. No entanto, entende-se que o efeito crowding esteja presente ao longo desses discriminadores desde ao menos a conscientização da velocidade, dada a detecção de sua influência desde V1. Conclusão. Após a conscientização das informações globais, ocorre a das locais, as quais recebem efeitos de discriminadores sequenciados em: crowding e velocidade; cor, forma e configuração; além de objetivo do observador.
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