Sobrevivência do enxerto e resultado visual em pacientes com Ceratocone submetidos a transplante penetrante de córnea

• Main Author: Teles, Lucas Pinheiro Machado
• Publication Date: 2023
• Other Authors: Mizubuti, Fernando Sato, da Cunha, Lorena Souza Rodrigues, do Bu, Mikael Albuquerque, Gomes, Thaís Mota, Nunes, Victor Galvão de Araújo, Teles, Carolina Pinheiro Machado, Araújo, Maria Emília Xavier dos Santos
• Format: Article
• Language: por
• Source: Brazilian Journal of Health Review
• Download full: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65611
• topic: transplante de córnea; Ceratoplastia penetrante; Ceratocone; sobrevivência; acuidade visual

Objetivos: Avaliar a sobrevivência dos enxertos e resultado visual em pacientes com ceratocone submetidos a transplante penetrante de córnea no HSPE – IAMSPE, no período de 2011-2021. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, no qual foram analisados os dados de todos os pacientes que foram submetidos a TP (transplante penetrante) de córnea por ceratocone no HSPE - IAMSPE realizados por fellows na curva de aprendizado, entre abril de 2011 e maio de 2021. A fonte de informação foi o sistema de prontuário eletrônico do hospital. Resultados: Durante o período de seguimento foram considerados as informações de 72 pacientes, cuja média das idades foi de 33,5 anos (DP=15,0 anos). Observou-se que 51,4% dos pacientes eram do sexo feminino, sendo verificado um tempo médio de espera do transplante de 203,9 dias (DP = 168,5 dias). A média da AV (LogMar) foi de -1,765 (DP = 0,445) e um ganho médio de 1,354 ± 0,556 (p<0,001) após o transplante. No total, 25% dos pacientes apresentaram complicações, sendo a mais frequente rejeição que ocorreu em 9,7% dos casos. Cerca de 11,1% dos pacientes perderam a transparência do enxerto durante o período de seguimento. O tempo médio de seguimento foi de 46,3 meses (DP=30,1 meses). Conclusão: o TP é uma ferramenta terapêutica associada a excelente resultado cirúrgico, com alta taxa de sobrevida do enxerto, 95,6% em 1 ano e 93,5% em 3 anos, baixo índice de complicações e boa reabilitação visual dos pacientes.