Tradicionalidade das espécies de Erythroxylum conhecidas como "coca" na região Sul-Americana: história, propriedades químicas e aspectos farmacológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira , Gustavo José Vasco
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: de Freitas, Isabela Cardoso, Ramos, Júlia Monteiro, de Souza, Laura Santana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Health Review
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/65845
Resumo: A espécie Erythroxylum, conhecida como 'coca', composta por diversos alcalóides, tem a cocaína como seu principal componente ativo. A folha de coca é reconhecida e utilizada há centenas de anos para uma ampla gama de propósitos, desde aplicações terapêuticas até usos recreativos. Desde o século XX, a cocaína é considerada uma substância ilícita, mas por décadas, a folha de coca tem sido empregada pelos povos andinos para o tratamento e alívio de enfermidades como os males da altitude e como estimulante. Estudos iniciados na Europa no século XIX sobre sua eficácia como anestésico local em cirurgias oftalmológicas e odontológicas foram muito populares até que se descobriu seu potencial para causar toxicidade e dependência. Desde essa descoberta, 383 compostos diferentes já foram identificados em várias espécies de Erythroxylum, incluindo diterpenos, triterpenos, flavonoides, alcaloides e outros derivados. Apesar da complexidade química da planta, os potenciais terapêuticos da cocaína ainda carecem de uma exploração científica abrangente. Em contraste, seu uso farmacêutico, especialmente no sistema nervoso, atuando como anestésico local e antidepressivo, é bem estabelecido. Este estudo visa fornecer informações relacionadas ao gênero Erythroxylum, abordando suas atividades farmacocinéticas e farmacodinâmicas no contexto do uso medicinal contemporâneo, incentivando pesquisas para um entendimento mais profundo deste composto ativo.
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