Condenação ou indulgência às filhas de eva? : a perspectiva de Edith Stein diante da natureza feminina
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/14999 |
Resumo: | Resumo: Plenitude. O termo muitas vezes utilizado para designar a característica primordial da criação do primeiro homem, a partir do mito da cosmogonia cristã, não pode ser igualmente atribuído à sua correspondente, a mulher. De fato, a teologia cristã - representada fundamentalmente pela patrística - esforçou-se por mantê-la sempre em segundo lugar, submissa e silenciada, por toda a história do Ocidente. Contudo, a partir dos movimentos em prol dos direitos das mulheres, a estrutura social derivada do mito de Adão e Eva passa a ser revista e reinterpretada à luz do desejo pela equidade. É diante desse cenário que Edith Stein (1891-1942), uma das primeiras doutoras em Filosofia da Alemanha, reescreve a interpretação de Eva, fundando uma nova linha argumentativa acerca da natureza feminina. A carmelita ultrapassa a teologia dos primeiros padres ao desfazer a imanência da natureza, inserindo a variável do tempo à definição da natureza dos gêneros. Ater o olhar à obra de Stein pode revelar novas vias teológicas para atualizar a discussão diante das questões da contemporaneidade. Seria o suficiente, contudo, para recomeçar a história das mulheres na teologia? |
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Condenação ou indulgência às filhas de eva? : a perspectiva de Edith Stein diante da natureza femininaDamn or indulgence to the eve’s daughters? : Edith Stein’s perspective about the female nature¿Condenar o perdonar las hijas de eva? : a perspectiva de Edith Stein sobre la naturaleza femeninaStein, Edith, 1891-1942 - Crítica e interpretaçãoMulheres e religiãoStein, Edith, 1891-1942 - Criticism and interpretationWomen and religionNatureza femininaTeologia escrita por mulheresArtigo originalResumo: Plenitude. O termo muitas vezes utilizado para designar a característica primordial da criação do primeiro homem, a partir do mito da cosmogonia cristã, não pode ser igualmente atribuído à sua correspondente, a mulher. De fato, a teologia cristã - representada fundamentalmente pela patrística - esforçou-se por mantê-la sempre em segundo lugar, submissa e silenciada, por toda a história do Ocidente. Contudo, a partir dos movimentos em prol dos direitos das mulheres, a estrutura social derivada do mito de Adão e Eva passa a ser revista e reinterpretada à luz do desejo pela equidade. É diante desse cenário que Edith Stein (1891-1942), uma das primeiras doutoras em Filosofia da Alemanha, reescreve a interpretação de Eva, fundando uma nova linha argumentativa acerca da natureza feminina. A carmelita ultrapassa a teologia dos primeiros padres ao desfazer a imanência da natureza, inserindo a variável do tempo à definição da natureza dos gêneros. Ater o olhar à obra de Stein pode revelar novas vias teológicas para atualizar a discussão diante das questões da contemporaneidade. Seria o suficiente, contudo, para recomeçar a história das mulheres na teologia?Abstract: Fullness. The term that is often used to designate the primordial characteristic of the creation of the first man, from the myth of Christian cosmogony, can't be equally attributed to his assistant, the woman. In fact, Christian theology -represented fundamentally by the patristic -strove to keep her always in a second place, submissive and silenced, throughout the history of the West. However, from the movements in favor of women's rights, the social structure derived from the myth of Adam and Eve was revised and reinterpreted in the desire's lightfor equity. It is against this backdrop that Edith Stein (1891-1942), one of the first PhDs in Philosophy in Germany, rewrites Eva's interpretation, founding a new line of argument about the female nature. The carmelite surpasses the theology of the firstpriests by undoing the immanence of nature, inserting the variable of time into the definition of the nature of genres. Paying attention on Stein's work can reveal new theological ways to update the discussion on contemporary issues. Would it be enough, however, to restart the history of women in theology?Resumen: Plenitud. El término utilizado a menudo para designar la característica primordial de la creación del primer hombre, delante el mito de la cosmogonía cristiana, no puede atribuirse igualmente a su contraparte, la mujer. De hecho, la teología cristiana -representada fundamentalmente por la patrística-se esforzó por mantenerla siempre en segundo lugar, sumisa y silenciada, a lo largo de la historia de Occidente. Sin embargo, a partir de los movimientos a favor de los derechos de las mujeres, la estructura social derivada del mito de Adán y Eva se revisa y reinterpreta a luz del deseo por la equidad. Es en este contexto que Edith Stein (1891-1942), una de las primeras doctoras en Filosofía en Alemania, reescribe la interpretación sobre Eva, fundando una nueva línea de argumentación sobre la naturaleza femenina. La carmelita supera la teología de los primeros sacerdotes al deshacer la inmanencia de la naturaleza, insertando la variable del tiempo en la definición de la naturaleza de los géneros. Mantener atención en el trabajo de Stein puede revelar nuevas formas teológicas de actualizar la discusión, especialmente acerca de temas contemporáneos. ¿Sería suficiente, sin embargo, para reiniciar la historia de la mujer en la teología?AbertoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASChiaparin, Isabelle Merlini, 1998-2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/14999CHIAPARIN, Isabelle Merlini. Condenação ou indulgência às filhas de eva?: a perspectiva de Edith Stein diante da natureza feminina. Interações. Urberlândia, MG : Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião, 2022. v. 17, n. 1, p. 171-182, jan./jun. 2022. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/14999. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1373417porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-01T17:07:12Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1373417Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2024-02-01T17:07:12Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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