Correlação entre as características ultra-sonográficas e o diagnóstico histológico de 446 tumores ovarianos
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1647887 |
Resumo: | Analisar a correlação entre as características ultra-sonográficas dos tumores ovarianos e seu respectivo diagnóstico histológico. MÉTODOS. Estudo retrospectivo de 404 mulheres portadoras de 446 tumores ovarianos. Foram selecionadas as pacientes submetidas a cirurgia por apresentarem tumoração ovariana uni ou bilateral, excluindo-se as pacientes com gravidez ectópica ou processo inflamatório pélvico. Utilizando-se os dados dos prontuários, foram estudadas as variáveis: maior diâmetro, contorno e textura ultra-sonográfica dos processos expansivos, correlacionando-os com o diagnóstico histológico após cirurgia. A magnitude da associação entre o diagnóstico histológico e os critérios morfológicos ecográficos foi estimada por meio de odds ratio e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS. Houve predomínio de tumores benignos (88,1%) sobre os tumores malignos (9,4%) e os borderline (2,5%). A faixa etária das pacientes à época do diagnóstico do tumor variou de 13 a 63 anos, com média de 39,1 anos. Em relação ao contorno do tumor, a chance de risco, ou seja, o odds ratio para malignidade, para contorno irregular e mal delimitado foi 17,8. Analisando a textura ultra-sonográfica, constatou-se que o odds ratio para malignidade foi extremamente alto para os tumores de textura complexa (38,6), seguido pelos tumores de textura anecóica com septos espessados (35,6) e pelos tumores sólidos (15,5). CONCLUSÃO. A análise ultra-sonográfica de uma tumoração ovariana com mais de 7 cm de diâmetro, de contorno irregular e mal delimitado, com textura complexa ou anecóica com septos espessados ou sólida são fatores altamente sugestivos de malignidade |
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Correlação entre as características ultra-sonográficas e o diagnóstico histológico de 446 tumores ovarianosAssociation between sonographic findings and histological diagnosis of 446 ovarian tumorsUltrassonografiaUltrasonographyArtigo originalAnalisar a correlação entre as características ultra-sonográficas dos tumores ovarianos e seu respectivo diagnóstico histológico. MÉTODOS. Estudo retrospectivo de 404 mulheres portadoras de 446 tumores ovarianos. Foram selecionadas as pacientes submetidas a cirurgia por apresentarem tumoração ovariana uni ou bilateral, excluindo-se as pacientes com gravidez ectópica ou processo inflamatório pélvico. Utilizando-se os dados dos prontuários, foram estudadas as variáveis: maior diâmetro, contorno e textura ultra-sonográfica dos processos expansivos, correlacionando-os com o diagnóstico histológico após cirurgia. A magnitude da associação entre o diagnóstico histológico e os critérios morfológicos ecográficos foi estimada por meio de odds ratio e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS. Houve predomínio de tumores benignos (88,1%) sobre os tumores malignos (9,4%) e os borderline (2,5%). A faixa etária das pacientes à época do diagnóstico do tumor variou de 13 a 63 anos, com média de 39,1 anos. Em relação ao contorno do tumor, a chance de risco, ou seja, o odds ratio para malignidade, para contorno irregular e mal delimitado foi 17,8. Analisando a textura ultra-sonográfica, constatou-se que o odds ratio para malignidade foi extremamente alto para os tumores de textura complexa (38,6), seguido pelos tumores de textura anecóica com septos espessados (35,6) e pelos tumores sólidos (15,5). CONCLUSÃO. A análise ultra-sonográfica de uma tumoração ovariana com mais de 7 cm de diâmetro, de contorno irregular e mal delimitado, com textura complexa ou anecóica com septos espessados ou sólida são fatores altamente sugestivos de malignidadeThe objective was to analyze the correlations between the sonographic features of the ovarian masses and the histological diagnosis. METHODS. A retrospective study which involved 404 female subjects who had developed 446 ovarian masses was carried out. Patients who had been submitted to surgery due to uni or bilateral ovarian tumors were included and those presenting with an ectopic pregnancy or pelvic inflammatory process were excluded. Data from the patients' medical charts provided the information needed for a detailed study of the following variables: larger diameter, external borders and texture of the sonographic masses. This collected data was correlated to post surgery pathology diagnoses. The magnitude of the associations between pathology diagnoses and sonographic morphologic findings where estimated by the Odds Ratio with its respective confidence intervals of 95%. RESULTS. In their majority, masses were benign tumors (88.1%). Malign masses corresponded to 9.4 % of the total and only 2.5% were borderline. Patients' ages ranged from 13 to 63 years (with an average of 39.1). Regarding the irregular and poorly delimited borders of the masses, the odds ratio for malignancy was of 17.8. After analyses of the sonographic texture the odds ratio of complex texture masses proved to be extremely high (38.6). The anechoic masses with thickened septa had an odds ratio of 35.6, while that of the solid masses was of 15.5. CONCLUSION. Sonographic analyses of adnexal tumors having more than 7cm of diameter, irregular and poorly delimited external borders, presenting complex or anechoic textures with thickened septa or solid mass are highly suggestive of malignancyFechadoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASMarussi, Emilio Francisco, 1944-Franzin, Cleide Mara Mazzotti de Oliveira, 1955-Zeferino, Luiz Carlos, 1955-Sarian, Luís Otávio Zanatta, 1974-2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/1647887MARUSSI, Emilio Francisco et al. Correlação entre as características ultra-sonográficas e o diagnóstico histológico de 446 tumores ovarianos. Revista da associação médica brasileira. São Paulo, SP : Associação Médica Brasileira, 2006.. Vol. 52, no. 3 (maio/jun., 2006), p. 176-181. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1647887. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1182038porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-19T16:38:59Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1182038Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2024-01-19T16:38:59Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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