A vulnerabilidade na cidade e as escalas do clima urbano : o potencial das unidades climáticas para o planejamento

• Autor(a) principal: Pascoalino, Aline, 1980-
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Marandola Junior, Eduardo, 1980-
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/9351
• topic: Mudanças ambientais globais; Mudanças climáticas; Riscos ambientais; Resiliência (Ecologia); Urbanização; Global environmental change; Climatic changes; Environmental risks; Resilience (Ecology); Urbanization; Artigo original

Resumo: No intraurbano as heterogeneidades socioespaciais originam espaços de vulnerabilidade. A vulnerabilidade é multidimensional e diferencial, dependente da escala e da dinâmica, e ao tratar dos riscos climáticos é importante reconhecer a dinâmica atmosférica e os processos que a envolve no ajustamento homemmeio. As alterações climáticas na escala local e do lugar são amplamente reconhecidas pelos estudos do clima urbano, mas se faz emergencial a discussão conceitual, a busca pela eficiência dos métodos e instrumentos de mensuração da vulnerabilidade e a consideração do sistema climático no planejamento urbano e regional. O desafio é apreender a natureza multiescalar desta interação considerando alterações e a variabilidade climática, sem esquecer que alterações sistêmicas globais ligamse à complexidade dos processos locais. É neste intuito que esta propositiva apresenta a articulação multiescalar como estrutura para observar os fenômenos no interior do sistema clima urbano por meio de lentes de análise – conforme as escalas geográficas do clima, a estrutura e forma da cidade – considerandose uma compreensão multidimensional, relacional e relativa dos riscos, da produção do espaço urbano e das vulnerabilidades. O sistema clima urbano não é uma externalidade desta geografia dos riscos, é parte dinâmica fundante dela e interface entre as dinâmicas urbana e climática: na totalidade do tecido urbano (transbairros); nas formas naturais e antrópicas do sítio na configuração de potenciais unidades climáticas (interbairros), e nos aspectos microclimáticos (intrabairros). Nesta perspectiva, o espaço intraurbano e em sua dinâmica interna, apresenta o "chão" analítico para uma hermenêutica climática e urbana das vulnerabilidades na cidade