Da negação do turismo à defesa do direito ao risco : os primeiros projetos de lei para práticas de aventura no Brasil e a reação de esportistas
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/3834 |
Resumo: | Resumo: Analisar a reação de lideranças de entidades esportivas aos primeiros projetos de lei acerca de atividades de aventura no Brasil com relação a ações do turismo. Estudo qualitativo interpretativo de inspiração etnográfica e historiográfica, que teve como método a análise documental, sobretudo de textos governamentais, institucionais e da mídia especializada. Temática recente e atual, a ocorrência de acidentes em práticas de aventura e sua evitação demanda embasamento para o desenvolvimento do campo e mediação de conflitos entre seus agentes. Este artigo contribui com a originalidade da discussão sobre a tensão entre lideranças de comunidades de esportistas e empresários do turismo acerca das propostas de projetos de lei. A regulamentação dos esportes de aventura no Brasil via projetos de lei federais, estaduais e municipais não se materializou, mas gerou amplo debate entre mercado, Estado e sociedade civil durante sua tramitação. Os resultados demonstram que, alguns atletas ou esportistas autônomos de aventura não estiveram de acordo com as políticas públicas propostas no país e buscaram juridicamente a garantia constitucional de acesso gratuito aos ambientes naturais e liberdade de gestão do risco na prática como forma de lazer. Os resultados contribuem teoricamente para demonstrar a complexidade das relações entre as lideranças do esporte e turismo e propostas de políticas públicas para práticas de aventura, e que certos perfis de esportistas não aceitaram a caracterização de atividades de aventura como turismo. Metodologicamente, esse estudo reforça que não se pode tratar documentos oficiais como referências bibliográficas e sim como fontes de dados a serem problematizados |
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Da negação do turismo à defesa do direito ao risco : os primeiros projetos de lei para práticas de aventura no Brasil e a reação de esportistasEsportesPolíticas públicasSportsPublic policyArtigo originalResumo: Analisar a reação de lideranças de entidades esportivas aos primeiros projetos de lei acerca de atividades de aventura no Brasil com relação a ações do turismo. Estudo qualitativo interpretativo de inspiração etnográfica e historiográfica, que teve como método a análise documental, sobretudo de textos governamentais, institucionais e da mídia especializada. Temática recente e atual, a ocorrência de acidentes em práticas de aventura e sua evitação demanda embasamento para o desenvolvimento do campo e mediação de conflitos entre seus agentes. Este artigo contribui com a originalidade da discussão sobre a tensão entre lideranças de comunidades de esportistas e empresários do turismo acerca das propostas de projetos de lei. A regulamentação dos esportes de aventura no Brasil via projetos de lei federais, estaduais e municipais não se materializou, mas gerou amplo debate entre mercado, Estado e sociedade civil durante sua tramitação. Os resultados demonstram que, alguns atletas ou esportistas autônomos de aventura não estiveram de acordo com as políticas públicas propostas no país e buscaram juridicamente a garantia constitucional de acesso gratuito aos ambientes naturais e liberdade de gestão do risco na prática como forma de lazer. Os resultados contribuem teoricamente para demonstrar a complexidade das relações entre as lideranças do esporte e turismo e propostas de políticas públicas para práticas de aventura, e que certos perfis de esportistas não aceitaram a caracterização de atividades de aventura como turismo. Metodologicamente, esse estudo reforça que não se pode tratar documentos oficiais como referências bibliográficas e sim como fontes de dados a serem problematizadosAbstract: Analyze the reaction of leaders of community sports organizations to sportsmen to the first bills on adventure activities in Brazil in relation to tourism activities. It is a qualitative interpretative study, inspired by ethnography and historiography, the documental analysis of government texts and repercussion of the theme in specialized media was the prioritized method. Recent and current theme, the occurrence of accidents in adventure practices and their avoidance requires a basis for the development of the field and mediation of conflicts between its agents. This article contributes to the originality of the discussion about the tension between leaders of sportsmen and tourism businessmen about the proposed bills. The regulation of adventure activities in Brazil via federal, state and municipal bills has not materialized, but has generated a wide debate between the market, the State and civil society during the processing, especially among agents of sport and tourism. The results show that some athletes or autonomous adventure sportsmen were not in accordance with the public policies proposed in the country and seek legally the constitutional guarantee of free access to natural environments and freedom of practical risk management as a form of leisure. The results contribute theoretically to demonstrate the complexity of the relationships between the leaders of sport and tourism and public policy proposals for adventure practices, and that certain sportsman profiles did not accept the characterization of adventure activities such as tourism. Methodologically, this study reinforces that it is not possible to treat official documents as bibliographic references, but as sources of data to be questionedAbertoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBandeira, Marília Martins, 1984-Silva, Dirceu Santos, 1986-Amaral, Silvia Cristina Franco, 1968-2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/3834BANDEIRA, Marília Martins; SILVA, Dirceu Santos; AMARAL, Silvia Cristina Franco. Da negação do turismo à defesa do direito ao risco: os primeiros projetos de lei para práticas de aventura no Brasil e a reação de esportistas. Podium: sport, leisure and tourism review. São Paulo, SP : Universidade Nove de Julho, 2021. Vol. 10, n. 2 (ago., 2021), p. 160-190. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/3834. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1241319porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-05-11T14:12:26Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1241319Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2022-05-11T14:12:26Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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