Possível associação entre a infecção pelo vírus zika e a microcefalia — Brasil, 2015
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1646397 |
Resumo: | O que já se sabe sobre esta questão? O primeiro surto confirmado de infecção pelo vírus zika, um flavivírus transmitido pelos mosquitos Aedes, foi no nordeste do Brasil no início de 2015. Em setembro, foi identificado um acentuado crescimento no número de casos registrados de microcefalia nas áreas afetadas pelo surto. O que se acrescenta com este boletim? O Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu uma definição de caso para a microcefalia associada ao vírus zika (perímetro cefálico igual ou menor que 2 desvios-padrão [SD] abaixo da média para sexo e idade gestacional no nascimento). Uma força-tarefa para investigar os casos de microcefalia associados ao vírus zika e descrever as características clínicas dos casos também foi estabelecida. Entre os primeiros 35 casos de microcefalia ali registrados, 74% das mães relataram erupções cutâneas durante a gestação, 71% das crianças apresentaram microcefalia grave (mais de 3 SD abaixo da média) e aproximadamente metade apresentou pelo menos uma anomalia neurológica. Além disso, entre as 27 crianças que fizeram estudos de neuroimagem, todas apresentaram anormalidades. O líquido cefalorraquidiano de todas as crianças foi enviado para ser testado quanto a presença do vírus zika. Os resultados ainda não foram disponibilizados. Quais as implicações na prática da saúde pública? A crescente ocorrência de microcefalia associada a danos cerebrais característicos de infecções congênitas em regiões afetadas pelo vírus zika sugere uma possível relação. Estudos adicionais foram realizados para confirmar a associação e obter uma caracterização mais detalhada do fenótipo. Além de eliminar as áreas de reprodução do mosquito, as gestantes em áreas afetadas pelo zika devem usar roupas protetoras, um repelente de insetos aprovado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (Environmental Protection Agency, EPA) e dormir em quartos protegidos por tela e sob um mosquiteiro |
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Possível associação entre a infecção pelo vírus zika e a microcefalia — Brasil, 2015Possible association between zika virus infection and microcephaly — Brazil, 2015Zika virusZika virusRelato de experiênciaO que já se sabe sobre esta questão? O primeiro surto confirmado de infecção pelo vírus zika, um flavivírus transmitido pelos mosquitos Aedes, foi no nordeste do Brasil no início de 2015. Em setembro, foi identificado um acentuado crescimento no número de casos registrados de microcefalia nas áreas afetadas pelo surto. O que se acrescenta com este boletim? O Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu uma definição de caso para a microcefalia associada ao vírus zika (perímetro cefálico igual ou menor que 2 desvios-padrão [SD] abaixo da média para sexo e idade gestacional no nascimento). Uma força-tarefa para investigar os casos de microcefalia associados ao vírus zika e descrever as características clínicas dos casos também foi estabelecida. Entre os primeiros 35 casos de microcefalia ali registrados, 74% das mães relataram erupções cutâneas durante a gestação, 71% das crianças apresentaram microcefalia grave (mais de 3 SD abaixo da média) e aproximadamente metade apresentou pelo menos uma anomalia neurológica. Além disso, entre as 27 crianças que fizeram estudos de neuroimagem, todas apresentaram anormalidades. O líquido cefalorraquidiano de todas as crianças foi enviado para ser testado quanto a presença do vírus zika. Os resultados ainda não foram disponibilizados. Quais as implicações na prática da saúde pública? A crescente ocorrência de microcefalia associada a danos cerebrais característicos de infecções congênitas em regiões afetadas pelo vírus zika sugere uma possível relação. Estudos adicionais foram realizados para confirmar a associação e obter uma caracterização mais detalhada do fenótipo. Além de eliminar as áreas de reprodução do mosquito, as gestantes em áreas afetadas pelo zika devem usar roupas protetoras, um repelente de insetos aprovado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (Environmental Protection Agency, EPA) e dormir em quartos protegidos por tela e sob um mosquiteiroWhat is already known about this topic? An outbreak of Zika virus infection, a flavivirus transmitted by Aedes mosquitoes, was first recognized in northeastern Brazil in early 2015. In September, a sharp increase in the number of reported cases of microcephaly was reported in areas affected by the outbreak. What is added by this report? The Brazil Ministry of Health developed a case definition for Zika virus–related microcephaly (head circumference =2 standard deviations [SD] below the mean for sex and gestational age at birth). A task force and registry were established to investigate Zika virus–related cases of microcephaly and to describe the clinical characteristics of cases. Among the first 35 cases of microcephaly reported to the registry, 74% of mothers reported a rash illness during pregnancy, 71% of infants had severe microcephaly (>3 SD below the mean), approximately half had at least one neurologic abnormality, and among 27 who had neuroimaging studies, all were abnormal. Cerebrospinal fluid from all infants is being tested for Zika virus; results are not currently available. What are the implications for public health practice? The increased occurrence of microcephaly associated with cerebral damage characteristically seen in congenital infections in Zika virus-affected areas is suggestive of a possible relationship. Additional studies are warranted to confirm the association and to more fully characterize the phenotype. In addition to removing potential breeding areas for mosquitoes, pregnant women in Zika-affected areas should wear protective clothing, apply a U.S. Environmental Protection Agency (EPA)-approved insect repellent, and sleep in a screened room or under a mosquito netFechadoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCavalcanti, Denise Pontes, 1957-2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/1646397CAVALCANTI, Denise Pontes. Possível associação entre a infecção pelo vírus zika e a microcefalia — Brasil, 2015. MMWR: morbidity and mortality weekly report. Atlanta, GA : Centers for Disease Control and Prevention, 2016.. Vol. 65, no. 3 (jan., 2016), p. 59-62. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1646397. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1179058porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-22T16:31:04Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1179058Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2023-09-22T16:31:04Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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