Mobilidade cotidiana e as taxas de vitimização por acidentes de trânsito : o que é possível enxergar a partir dos dados censitários?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aidar, Tirza, 1961-
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/9039
Resumo: Agradecimentos: A primeira autora agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de doutorado concedida, sendo este artigo parte dos resultados de sua tese de doutoramento
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spelling Mobilidade cotidiana e as taxas de vitimização por acidentes de trânsito : o que é possível enxergar a partir dos dados censitários?Everyday mobility and victimization rates from traffic accidents : what can be seen from demographic censuses data?Movilidad cotidiana y tasas de victimización por accidentes de tránsito : ¿qué se puede entrever a partir de los datos censales?Acidentes de trânsitoDesigualdades em saúdeTraffic accidentsHealth inequalitiesEveryday mobilityArtigo originalAgradecimentos: A primeira autora agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de doutorado concedida, sendo este artigo parte dos resultados de sua tese de doutoramentoResumo: Este estudo avalia como a exposição ao risco de acidentes de trânsito pode ser potencializada pelas condições de mobilidade cotidiana dos indivíduos. Para isso, foram usados dados do Boletim de Ocorrência de acidentes fatais e não fatais de Campinas (SP) em 2009 e do Censo Demográfico de 2010. Os locais de residência das vítimas foram georreferenciados, permitindo o cálculo de taxas de vitimização por acidentes por área de ponderação que, por sua vez, foram relacionadas com informações socioeconômicas e de mobilidade. Embora as conclusões não possam ser inferidas em nível individual, observou-se que em áreas com maior proporção de pessoas com baixa renda há menores taxas de acidentes. Por outro lado, verificou-se correlação negativa entre áreas com maior proporção de pessoas com alta renda e taxas de vitimização de motociclistas. Os resultados mostram correlação positiva entre áreas com maior proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de 1 a menos de 2 e de 2 a menos de 3 salários mínimos e taxas de vitimização por acidentes, bem como entre aquelas com maior proporção pessoas de 25 a 39 anos com ensino médio completo. Os resultados reforçam um possível uso desigual das vias públicas, onde quem pode se desloca com segurança e quem não pode se desloca pouco e, quando tem condições econômicas mínimas, o faz com pouca segurançaAbstract: This paper assesses how the exposure to traffic accident risk can be potentiated by the conditions of everyday mobility of individuals. In the analysis, data from the Accidents Registry of fatal and non-fatal accidents in Campinas (São Paulo) in 2009 and the 2010 Demographic Census were used. The victims' places of residence were geocoded, allowing the calculation of victimization rates by area of consideration, which, in turn, were correlated to socioeconomic and mobility information. Although the findings do not permit conclusions at individual level, it was found that areas with a higher proportion of low-income population had lower accident rates. On the other hand, it was observed a negative correlation between areas with a higher proportion of high-income population and victimization rates of motorcyclists. The results show a positive correlation between the proportion of people with household income per capita that is 1 to less than 2 and 2 to less than 3 times the minimum wage and rates of victimization. This is true as well for people ages 25 to 39 who completed high school. The results suggest an unequal use of public roads, where those who can afford moving do it safely and those who cannot afford moving do it less frequently, and, when the latter have minimal economic conditions, move less safelyResumen: En este estudio se analiza la forma en que la exposición al riesgo de accidentes de tránsito puede ser potenciada por las condiciones de la movilidad cotidiana de los individuos. Para este propósito se utilizaron los datos del Boletín de ocurrencia de accidentes fatales y no fatales en Campinas (São Paulo) en 2009 y del censo demográfico de 2010. Los lugares de residencia de las víctimas fueron georreferenciados, lo que permitió el cálculo de los índices de victimización por accidentes por área de ponderación, los que a su vez se relacionaron con información socioeconómica y de movilidad. Aunque las conclusiones no pueden inferirse para el nivel individual, se encontró que en las zonas con una mayor proporción de personas con bajos ingresos se registraban menores tasas de accidentes. Por otra parte, se observó una correlación negativa entre las áreas con mayor proporción de personas con altos ingresos y las tasas de victimización de motociclistas. Los resultados muestran una correlación positiva entre las áreas con mayor proporción de personas con ingreso familiar per cápita de 1 a 2 y de 2 a 3 salarios mínimos y las tasas de victimización por accidentes, así como entre aquellas con mayor proporción de personas de 25 a 39 años con enseñanza media completa. Estos resultados refuerzan la idea de una posible utilización desigual de la vía pública, en la que aquellos que pueden se desplazan de forma segura, los que no pueden se desplazan poco, y cuando cuentan con las condiciones económicas mínimas, lo hacen en condiciones de seguridad escasasCONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO - CNPQAbertoBertho, Ana Carolina Soares, 1983-UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASAidar, Tirza, 1961-2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/20.500.12733/9039AIDAR, Tirza. Mobilidade cotidiana e as taxas de vitimização por acidentes de trânsito: o que é possível enxergar a partir dos dados censitários?. Revista brasileira de estudos de população. Rio de Janeiro, RJ : Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2015. Vol. 32, n. 2 (maio/ago., 2015), p. 257-276. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/9039. Acesso em: 7 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1170737porreponame:Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicampinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-24T16:08:31Zoai:https://www.repositorio.unicamp.br/:1170737Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/requestreposip@unicamp.bropendoar:2023-10-24T16:08:31Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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