MACUNAÍMA: REPENSANDO OS BRASIS ESCAMOTEADOS PELA TRADIÇÃO LITERÁRIA
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Expressão Católica (Online) |
Texto Completo: | http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/2089 |
Resumo: | O presente artigo objetiva apresentar uma breve reflexão quanto à dialógica entre a (des)construção de uma identidade nacional e as interpretações do Brasil presentes na obra Macunaíma – o herói sem nenhum caráter de Mário de Andrade. Para tal, buscamos identificar os conceitos de caráter presentes na obra enfatizando os diferentes aspectos que o autor utiliza na produção da obra e como pensar a nacionalidade em contradição com as produções que o precederam. A leitura da obra nos impulsionou a realização de algumas reflexões e questionamentos sobre as formas como Mário de Andrade percebe o Brasil. Na construção de um posicionamento quanto à rapsódia marioandradeana, as leituras em Beriel (1987), Cândido (1993/2008), Ortiz (2013) e Wisnick (1990) se fizeram essenciais. Quantos Brasis cabem em Macunaíma? Questionamento como esse foi o ponto de partida dessa escrita. Com base nessa perspectiva, buscamos demonstrar os conceitos de caráter cabíveis na obra, especialmente quando se busca entender o sentido marioandradiano quanto aos posicionamentos de/e sobre o Brasil, especialmente no que se refere à ideia de identidade nacional, até então, percebida como também tarefa da literatura brasileira desde o século XVIII. Consideramos que a obra Macunaíma nos possibilitou uma (des)caracterização da identidade nacional a partir do anti-herói que se apresenta como um ser híbrido e, mesmo sendo a cultura algo dinâmico, enquanto não houver, na prática, uma valorização dos Brasis que compõem o Brasil, dificilmente existirá um exercício pleno de cidadania. |
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