Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo-Filho,Antônio Aldo
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Miranda,Márcio Lopes, Oliveira-Filho,Antônio Gonçalves de, Pinheiro,Vitória Régia, Brandalise,Nelson Ari, Bustorff-Silva,Joaquim Murray
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912003000500009
Resumo: OBJETIVO: Relatar a experiência inicial do Centro Infantil Boldrini com a esplenectomia laparoscópica (EL) em crianças e adultos jovens. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 40 pacientes (mediana da idade de 6,6 anos; 1 a 22,8) submetidos à EL entre Julho de 2000 e Maio de 2002. As principais indicações de acordo com a doença de base foram: doença falciforme (DF) em 20 pacientes (50%), esferocitose hereditária em 10 (25 %), púrpura trombocitopência idiopática em oito (20 %), doença de Hodgkin em um e anemia hemolítica a esclarecer em um. RESULTADOS: Trinta e oito esplenectomias foram completadas por via laparoscópica (duas conversões) e em doze foi realizada adicionalmente a colecistectomia. A mediana do tempo operatório foi de 127,5 minutos (90-240 min) e sete (17,5 %) baços acessórios foram encontrados. Sangramento intra-operatório foi significativo apenas nas duas conversões, mas não houve necessidade de transfusões. A mediana do peso dos baços foi de 250 g (106-1000; n=36). Complicações pós-operatórias ocorreram em sete (17,5 %) pacientes e, nos portadores de DF, 35% desenvolveram síndrome torácica aguda. A mediana da permanência hospitalar pós-operatória foi de dois dias (2 - 14). O seguimento variou de 23 dias a dois anos (mediana de 11 meses). CONCLUSÕES: A EL pode ser realizada de modo seguro mesmo em baços de grande tamanho e é opção atrativa que pode substituir o procedimento aberto. Em pacientes com DF, a taxa de complicações permanece alta, sugerindo mecanismos outros que vão além da escolha da via de acesso cirúrgica.
id CBC-1_1c764049bdbf44b96146719fa01cb21d
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-69912003000500009
network_acronym_str CBC-1
network_name_str Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
repository_id_str
spelling Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicasLaparoscopiaEsplenectomiaDoença falciformeOBJETIVO: Relatar a experiência inicial do Centro Infantil Boldrini com a esplenectomia laparoscópica (EL) em crianças e adultos jovens. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 40 pacientes (mediana da idade de 6,6 anos; 1 a 22,8) submetidos à EL entre Julho de 2000 e Maio de 2002. As principais indicações de acordo com a doença de base foram: doença falciforme (DF) em 20 pacientes (50%), esferocitose hereditária em 10 (25 %), púrpura trombocitopência idiopática em oito (20 %), doença de Hodgkin em um e anemia hemolítica a esclarecer em um. RESULTADOS: Trinta e oito esplenectomias foram completadas por via laparoscópica (duas conversões) e em doze foi realizada adicionalmente a colecistectomia. A mediana do tempo operatório foi de 127,5 minutos (90-240 min) e sete (17,5 %) baços acessórios foram encontrados. Sangramento intra-operatório foi significativo apenas nas duas conversões, mas não houve necessidade de transfusões. A mediana do peso dos baços foi de 250 g (106-1000; n=36). Complicações pós-operatórias ocorreram em sete (17,5 %) pacientes e, nos portadores de DF, 35% desenvolveram síndrome torácica aguda. A mediana da permanência hospitalar pós-operatória foi de dois dias (2 - 14). O seguimento variou de 23 dias a dois anos (mediana de 11 meses). CONCLUSÕES: A EL pode ser realizada de modo seguro mesmo em baços de grande tamanho e é opção atrativa que pode substituir o procedimento aberto. Em pacientes com DF, a taxa de complicações permanece alta, sugerindo mecanismos outros que vão além da escolha da via de acesso cirúrgica.Colégio Brasileiro de Cirurgiões2003-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912003000500009Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.30 n.5 2003reponame:Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiõesinstname:Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)instacron:CBC10.1590/S0100-69912003000500009info:eu-repo/semantics/openAccessMelo-Filho,Antônio AldoMiranda,Márcio LopesOliveira-Filho,Antônio Gonçalves dePinheiro,Vitória RégiaBrandalise,Nelson AriBustorff-Silva,Joaquim Murraypor2008-03-20T00:00:00Zoai:scielo:S0100-69912003000500009Revistahttp://www.scielo.br/rcbcONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistacbc@cbc.org.br1809-45460100-6991opendoar:2008-03-20T00:00Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
title Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
spellingShingle Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
Melo-Filho,Antônio Aldo
Laparoscopia
Esplenectomia
Doença falciforme
title_short Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
title_full Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
title_fullStr Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
title_full_unstemmed Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
title_sort Esplenectomia laparoscópica nas doenças hematológicas
author Melo-Filho,Antônio Aldo
author_facet Melo-Filho,Antônio Aldo
Miranda,Márcio Lopes
Oliveira-Filho,Antônio Gonçalves de
Pinheiro,Vitória Régia
Brandalise,Nelson Ari
Bustorff-Silva,Joaquim Murray
author_role author
author2 Miranda,Márcio Lopes
Oliveira-Filho,Antônio Gonçalves de
Pinheiro,Vitória Régia
Brandalise,Nelson Ari
Bustorff-Silva,Joaquim Murray
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo-Filho,Antônio Aldo
Miranda,Márcio Lopes
Oliveira-Filho,Antônio Gonçalves de
Pinheiro,Vitória Régia
Brandalise,Nelson Ari
Bustorff-Silva,Joaquim Murray
dc.subject.por.fl_str_mv Laparoscopia
Esplenectomia
Doença falciforme
topic Laparoscopia
Esplenectomia
Doença falciforme
description OBJETIVO: Relatar a experiência inicial do Centro Infantil Boldrini com a esplenectomia laparoscópica (EL) em crianças e adultos jovens. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 40 pacientes (mediana da idade de 6,6 anos; 1 a 22,8) submetidos à EL entre Julho de 2000 e Maio de 2002. As principais indicações de acordo com a doença de base foram: doença falciforme (DF) em 20 pacientes (50%), esferocitose hereditária em 10 (25 %), púrpura trombocitopência idiopática em oito (20 %), doença de Hodgkin em um e anemia hemolítica a esclarecer em um. RESULTADOS: Trinta e oito esplenectomias foram completadas por via laparoscópica (duas conversões) e em doze foi realizada adicionalmente a colecistectomia. A mediana do tempo operatório foi de 127,5 minutos (90-240 min) e sete (17,5 %) baços acessórios foram encontrados. Sangramento intra-operatório foi significativo apenas nas duas conversões, mas não houve necessidade de transfusões. A mediana do peso dos baços foi de 250 g (106-1000; n=36). Complicações pós-operatórias ocorreram em sete (17,5 %) pacientes e, nos portadores de DF, 35% desenvolveram síndrome torácica aguda. A mediana da permanência hospitalar pós-operatória foi de dois dias (2 - 14). O seguimento variou de 23 dias a dois anos (mediana de 11 meses). CONCLUSÕES: A EL pode ser realizada de modo seguro mesmo em baços de grande tamanho e é opção atrativa que pode substituir o procedimento aberto. Em pacientes com DF, a taxa de complicações permanece alta, sugerindo mecanismos outros que vão além da escolha da via de acesso cirúrgica.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-10-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912003000500009
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912003000500009
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-69912003000500009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgiões
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgiões
dc.source.none.fl_str_mv Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.30 n.5 2003
reponame:Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
instname:Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
instacron:CBC
instname_str Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
instacron_str CBC
institution CBC
reponame_str Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
collection Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
repository.name.fl_str_mv Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
repository.mail.fl_str_mv ||revistacbc@cbc.org.br
_version_ 1754209208809553920