Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sassi,Fernanda Chiarion
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Medeiros,Gisele Chagas de, Zambon,Lucas Santos, Zilberstein,Bruno, Andrade,Claudia Regina Furquim de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912018000300161
Resumo: RESUMO Objetivo: identificar os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada (IOTp) e as consequências pós-extubação. Métodos: participaram do estudo 150 pacientes submetidos à IOTp, avaliados segundo o nível funcional da deglutição (American Speech Language - Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS), a determinação da gravidade (The Simplified Acute Physiology Score - SOFA) e a coleta das seguintes variáveis: idade, mortalidade, dias de intubação orotraqueal, número de atendimentos para introdução da alimentação oral e dias para alta hospitalar. Os pacientes foram agrupados de acordo com a classificação do ASHA: 1 (níveis 1 e 2), 2 (níveis 3, 4 e 5) e 3 (níveis 6 e 7). Resultados: as análises indicaram as seguintes variáveis associadas a pior funcionalidade da deglutição: idade (p<0,001), mortalidade (p<0,003); dias de IOT (p=0,001), número de atendimentos para introdução de dieta oral (p<0,001) e dias para alta hospitalar (p=0,018). As comparações múltiplas indicaram diferença significante na comparação dos grupos ASHA1 e ASHA2 em relação ao grupo ASHA3. Os grupos ASHA1 e ASHA2 apresentaram menor score na SOFA quando comparados ao grupo ASHA3 (p=0,004). Somente 20% dos pacientes do grupo ASHA1 e 32% dos pacientes do ASHA2 apresentaram níveis seguros de deglutição antes da alta hospitalar. Conclusão: os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à IOTp foram: idade acima de 55 anos e tempo de intubação orotraqueal (maior nos casos com pior funcionalidade da deglutição). As consequências pós-extubação foram: aumento da mortalidade e do tempo de internação hospitalar na presença da disfagia.
id CBC-1_6ebecc7c77d9e761f0c32b492894178c
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-69912018000300161
network_acronym_str CBC-1
network_name_str Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
repository_id_str
spelling Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.Unidades de Terapia IntensivaIntubação IntratraquealTranstornos de DeglutiçãoRESUMO Objetivo: identificar os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada (IOTp) e as consequências pós-extubação. Métodos: participaram do estudo 150 pacientes submetidos à IOTp, avaliados segundo o nível funcional da deglutição (American Speech Language - Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS), a determinação da gravidade (The Simplified Acute Physiology Score - SOFA) e a coleta das seguintes variáveis: idade, mortalidade, dias de intubação orotraqueal, número de atendimentos para introdução da alimentação oral e dias para alta hospitalar. Os pacientes foram agrupados de acordo com a classificação do ASHA: 1 (níveis 1 e 2), 2 (níveis 3, 4 e 5) e 3 (níveis 6 e 7). Resultados: as análises indicaram as seguintes variáveis associadas a pior funcionalidade da deglutição: idade (p<0,001), mortalidade (p<0,003); dias de IOT (p=0,001), número de atendimentos para introdução de dieta oral (p<0,001) e dias para alta hospitalar (p=0,018). As comparações múltiplas indicaram diferença significante na comparação dos grupos ASHA1 e ASHA2 em relação ao grupo ASHA3. Os grupos ASHA1 e ASHA2 apresentaram menor score na SOFA quando comparados ao grupo ASHA3 (p=0,004). Somente 20% dos pacientes do grupo ASHA1 e 32% dos pacientes do ASHA2 apresentaram níveis seguros de deglutição antes da alta hospitalar. Conclusão: os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à IOTp foram: idade acima de 55 anos e tempo de intubação orotraqueal (maior nos casos com pior funcionalidade da deglutição). As consequências pós-extubação foram: aumento da mortalidade e do tempo de internação hospitalar na presença da disfagia.Colégio Brasileiro de Cirurgiões2018-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912018000300161Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.45 n.3 2018reponame:Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiõesinstname:Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)instacron:CBC10.1590/0100-6991e-20181687info:eu-repo/semantics/openAccessSassi,Fernanda ChiarionMedeiros,Gisele Chagas deZambon,Lucas SantosZilberstein,BrunoAndrade,Claudia Regina Furquim depor2018-07-19T00:00:00Zoai:scielo:S0100-69912018000300161Revistahttp://www.scielo.br/rcbcONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistacbc@cbc.org.br1809-45460100-6991opendoar:2018-07-19T00:00Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
title Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
spellingShingle Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
Sassi,Fernanda Chiarion
Unidades de Terapia Intensiva
Intubação Intratraqueal
Transtornos de Deglutição
title_short Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
title_full Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
title_fullStr Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
title_full_unstemmed Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
title_sort Avaliação e classificação da disfagia pós-extubação em pacientes críticos.
author Sassi,Fernanda Chiarion
author_facet Sassi,Fernanda Chiarion
Medeiros,Gisele Chagas de
Zambon,Lucas Santos
Zilberstein,Bruno
Andrade,Claudia Regina Furquim de
author_role author
author2 Medeiros,Gisele Chagas de
Zambon,Lucas Santos
Zilberstein,Bruno
Andrade,Claudia Regina Furquim de
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sassi,Fernanda Chiarion
Medeiros,Gisele Chagas de
Zambon,Lucas Santos
Zilberstein,Bruno
Andrade,Claudia Regina Furquim de
dc.subject.por.fl_str_mv Unidades de Terapia Intensiva
Intubação Intratraqueal
Transtornos de Deglutição
topic Unidades de Terapia Intensiva
Intubação Intratraqueal
Transtornos de Deglutição
description RESUMO Objetivo: identificar os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal prolongada (IOTp) e as consequências pós-extubação. Métodos: participaram do estudo 150 pacientes submetidos à IOTp, avaliados segundo o nível funcional da deglutição (American Speech Language - Hearing Association National Outcome Measurement System - ASHA NOMS), a determinação da gravidade (The Simplified Acute Physiology Score - SOFA) e a coleta das seguintes variáveis: idade, mortalidade, dias de intubação orotraqueal, número de atendimentos para introdução da alimentação oral e dias para alta hospitalar. Os pacientes foram agrupados de acordo com a classificação do ASHA: 1 (níveis 1 e 2), 2 (níveis 3, 4 e 5) e 3 (níveis 6 e 7). Resultados: as análises indicaram as seguintes variáveis associadas a pior funcionalidade da deglutição: idade (p<0,001), mortalidade (p<0,003); dias de IOT (p=0,001), número de atendimentos para introdução de dieta oral (p<0,001) e dias para alta hospitalar (p=0,018). As comparações múltiplas indicaram diferença significante na comparação dos grupos ASHA1 e ASHA2 em relação ao grupo ASHA3. Os grupos ASHA1 e ASHA2 apresentaram menor score na SOFA quando comparados ao grupo ASHA3 (p=0,004). Somente 20% dos pacientes do grupo ASHA1 e 32% dos pacientes do ASHA2 apresentaram níveis seguros de deglutição antes da alta hospitalar. Conclusão: os fatores associados à disfagia em pacientes submetidos à IOTp foram: idade acima de 55 anos e tempo de intubação orotraqueal (maior nos casos com pior funcionalidade da deglutição). As consequências pós-extubação foram: aumento da mortalidade e do tempo de internação hospitalar na presença da disfagia.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912018000300161
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912018000300161
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/0100-6991e-20181687
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgiões
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Cirurgiões
dc.source.none.fl_str_mv Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões v.45 n.3 2018
reponame:Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
instname:Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
instacron:CBC
instname_str Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
instacron_str CBC
institution CBC
reponame_str Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
collection Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
repository.name.fl_str_mv Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC)
repository.mail.fl_str_mv ||revistacbc@cbc.org.br
_version_ 1754209214146805760