Tomografia no trauma abdominal grave: risco justificável?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimentel,Silvania Klug
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Almeida,Paula Adamo de, Shimizu,Gustavo Pás, Carvalho,Fábio Henrique de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912019000100157
Resumo: RESUMO Objetivo: avaliar a evolução de pacientes vítimas de trauma abdominal grave, nos quais o protocolo de transfusão maciça foi acionado, e que foram submetidos à Tomografia Axial Computadorizada (TAC) no Pronto Socorro (PS), com o intuito de verificar o prognóstico do paciente e a eficiência diagnóstica da TAC nesse cenário. Métodos: estudo retrospectivo, longitudinal e observacional, feito em centro de referência para trauma. Foram selecionados 60 pacientes vítimas de trauma abdominal grave que ativaram o protocolo de transfusão maciça, divididos em dois grupos: os submetidos à TAC no PS e os que não foram. Verificou-se a acurácia da TAC, comparou-se o número de óbitos nos dois grupos, o tempo de internamento e os hemocomponentes transfundidos. Resultados: dos 60 pacientes, 66,67% receberam concentrados de hemácias ainda no PS; 33,3% foram submetidos à TAC na admissão, pela melhora hemodinâmica, e 66,7% não realizaram o exame na entrada. O percentual de óbitos foi de 35% em ambos os grupos. A diferença entre as médias do tempo de internamento entre os grupos não foi estatisticamente significativa, assim como a média da quantidade de concentrado de hemácias transfundido. No grupo que fez TAC, 45% não necessitaram de laparotomia exploratória. Conclusão: a TAC pôde ser realizada de maneira rápida em pacientes com instabilidade hemodinâmica na chegada ao PS, não influenciou significativamente a mortalidade e poupou alguns doentes de uma laparotomia exploratória desnecessária.
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