Gossipiboma após operação abdominal é situação clínica desafiadora e sério problema médico legal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202013000200015 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O termo gossipiboma refere-se à matriz que contém material têxtil e à reação tecidual formada ao redor deste corpo estranho. As gazes e as compressas cirúrgicas são os materiais mais frequentemente retidos após laparotomias. OBJETIVO: Estudar a incidência e as causas de gossipiboma abdominal, além das medidas preventivas para reduzir a sua frequência e morbimortalidade. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura na língua inglesa no Medline / Pubmed. A pesquisa envolveu os últimos 10 anos, selecionando os seguintes descritores - gossipiboma, textiloma, corpo estranho retido e cirurgia abdominal.Trinta artigos foram considerados para a revisão. RESULTADOS: A incidência é subestimada, principalmente pelas implicações legais decorrentes de tal achado, mas também porque muitos pacientes permanecem assintomáticos. Ocorrem em 1/1000 a 1/1500 operações abdominais. A apresentação clínica é variável e depende da localização do corpo estranho e do tipo de reação inflamatória apresentado pelo hospedeiro. A migração transmural é rara. O tratamento recomendado é a excisão, realizado por via endoscópica, laparoscópica ou por laparotomia, com o objetivo de evitar as complicações que podem atingir alta mortalidade. A abordagem mais importante é a prevenção. As medidas preventivas incluem o uso de material têxtil com marcadores radiopacos, exploração detalhada da cavidade abdominal ao final do procedimento operatório e contagem meticulosa do material cirúrgico. CONCLUSÃO: Gossipiboma é problema médico-legal antigo, cuja incidência aparentemente está aumentando e que precisa ser reabordado para que medidas preventivas efetivas sejam adotadas na sala de operação. |
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