Manejo cirúrgico da síndrome de Mirizzi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca-Neto,Olival Cirilo Lucena da
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Pedrosa,Maria das Graças Lapenda, Miranda,Antonio Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202008000200002
Resumo: RACIONAL: Síndrome de Mirizzi é rara condição encontrada em pacientes com colelitíase de longa data, variando de 0,3 - 3% nos pacientes submetidos à colecistectomia. Se não reconhecida no pré-operatório pode implicar em significativa morbimortalidade. OBJETIVO: Descrever série de cinco pacientes consecutivos com síndrome de Mirizzi submetidos à cirurgia e comentar as suas características clínicas. MÉTODO: Revisão retrospectiva de cinco pacientes com síndrome de Mirizzi, entre janeiro de 2002 e junho de 2008. Foram avaliados: a apresentação clínica, resultados laboratoriais, avaliação pré-operatória, achados cirúrgicos, presença de coledocolitíase, classificação da síndrome de Mirizzi, escolha do procedimento operatório e suas complicações. RESULTADOS: Quatro pacientes eram mulheres (80%) e a média de idade foi 53,4 anos (38 a 62 anos). Os sintomas mais freqüentes foram dor abdominal (100%) e náuseas / vômitos (100%). Todos os pacientes com icterícia apresentaram alterações da função hepática (40%) e apenas um, sem icterícia, tinha bioquímica hepática alterada. O diagnóstico de síndrome de Mirizzi foi intra-operatório em todos (100%) casos. A associação entre fístula coledocociana e coledocolitíase foi observada em três pacientes (60%). Quanto à classificação, encontrou-se dois pacientes com tipo I e um paciente em cada um dos tipos II, III, IV. A colecistectomia foi realizada em todos os pacientes, sendo parcial em três (60%). A anastomose coledocoduodenal foi realizada em dois pacientes, sendo do tipo látero-lateral. A coledojejunoanastomose ocorreu em um único caso (tipo IV). Evolução pós-operatória sem alterações ocorreu em dois casos (40%) recebendo alta em boas condições. Um paciente apresentou sepse no pós-operatório secundário a abscesso subhepático evoluindo ao óbito no 2º dia de pós-relaparotomia. CONCLUSÃO: Apesar do diagnóstico pré-operatório ser raro nos pacientes com síndrome de Mirizzi, ela deve ser suspeitada na colelitíase crônica e prontamente identificada no intra-operatório para evitar lesões biliares inadvertidas. Apesar da era da colecistectomia laparoscópica, o método aberto deve ser o de escolha.
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