Correlação entre esplenomegalia e plaquetopenia na forma hepatoesplênica da esquistossomose mansônica
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202010000400010 |
Resumo: | RACIONAL: Sabe-se que tanto a leucopenia quanto a plaquetopenia têm relação direta com a esplenomegalia, mas não existem estudos correlacionando de forma direta ou precisa o tamanho do baço com o número de plaquetas. Ainda há controvérsia se a plaquetopenia observada em pacientes com doenças hepáticas crônicas está mais relacionada à esplenomegalia ou à própria hipertensão portal. OBJETIVO: Correlacionar o nível sérico das plaquetas nos períodos pré e pós-operatório imediato com peso e volume do baço em pacientes portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose com indicação para tratamento cirúrgico da hipertensão portal. MÉTODO: Foram analisados os prontuários de pacientes portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose mansônica submetidos a tratamento cirúrgico da hipertensão portal. Foram incluídos portadores com a doença confirmada pelo diagnóstico anatomopatológico da biópsia hepática realizada no período intra-operatório. Foram excluídos todos os doentes que apresentavam antecedentes de etilismo crônico, hepatite viral, evidências clínico-laboratoriais de insuficiência hepática ou alterações histopatológicas compatíveis com cirrose hepática. Foram avaliados: o tamanho e volume do baço; o nível sérico de plaquetas; o número de plaquetas. RESULTADOS: Foram identificados 141 pacientes que preenchiam os critérios de inclusão do total de 160 prontuários analisados. A idade média foi de 39,03 ± 12,74 anos (15 a 74 anos), sendo 84 homens (59,5%) e 57 mulheres (40,5%). O peso médio do baço foi de 966,27 ± 464,61 g (120 a 2700 g). O volume elíptico médio foi de 966,68 ± 499,12 cm3 (236,13 a 2782,36 cm³. Houve correlação estatisticamente significativa entre o peso e o volume elíptico do baço (p<0,0001). O número médio de plaquetas no período pré-operatório foi 76,84 ± 43,64 x10³/mm³, abaixo dos valores considerados normais (150 - 400 x10³/mm³). Observou-se correlação estatisticamente significante entre o número e valor logarítmico das plaquetas no período pré-operatório tanto com peso (p<0,01) quanto com o volume elíptico (p<0,05) do baço. O número de plaquetas no pós-operatório imediato esteve correlacionado de modo inverso com o peso do baço retirado (p=0,0297); o valor logaritmo das plaquetas também se correlacionou com o peso. Não se conseguiu, através do modelo empregado, prever o valor sérico das plaquetas baseando-se no peso e volume esplênicos. CONCLUSÃO: As variações do nível sérico de plaquetas tanto no pré como no pós-operatório, em pacientes portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose mansônica, apresentam-se diretamente correlacionadas às variações de peso e volume do baço. A esplenomegalia foi diretamente responsável pela variação do número de plaquetas. |
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