Reconstrução esofágica pela esofagocoloplastia no megaesôfago avançado em pacientes gastrectomizados
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202009000400003 |
Resumo: | RACIONAL: A necessidade de esofagocoloplastia em pacientes com megaesôfago avançado, previamente submetidos à gastrectomia não é frequente, mas quando executada traz consigo maior dificuldade técnica, o que pode elevar o número de complicações. OBJETIVO: Avaliar as complicações da reconstrução de trânsito pela esofagocoloplastia em uma série de pacientes submetidos à esofagectomia transmediastinal por megaesôfago avançado com gastrectomia prévia. MÉTODOS: De julho de 1983 a abril de 2009, 204 pacientes com megaesôfago grau III e IV foram submetidos à ressecção esofágica no Departamento de Cirurgia do Hospital Celso Pierro da Puc-Campinas. Em 92 pacientes a ressecção foi pela técnica da mucosectomia esofágica; em 84 pela via transmediastinal; em 38 pela via transtorácica. Em 194 pacientes (95%) a reconstrução do trânsito foi realizada pela transposição gástrica e nos 10 restantes (5%), pela transposição do colo transverso. O procedimento foi indicado pelo fato dos pacientes já terem sido submetidos à gastrectomia prévia. Todos eram do sexo masculino, com idade média de 47, 5 anos. RESULTADOS: Sete pacientes (70%) apresentaram uma ou mais complicações, sejam sistêmicas ou locais. Das sistêmicas, um paciente apresentou tromboflebite em membro inferior, com boa evolução; outro, infarto do miocárdio, com evolução fatal; três pacientes (30%) apresentaram infecção pulmonar, com boa evolução. Das complicações locais, quatro tiveram deiscência da anastomose esofagocolônica cervical, tendo boa evolução com tratamento conservador. Cinco pacientes evoluíram com estenose da anastomose esofagocolônica cervical entre o 35º e 63º dia do pós-operatório, sendo realizadas dilatações endoscópicas com boa evolução. De oito pacientes acompanhados neste período, seis (75%) apresentavam boa deglutição para sólidos e/ou pastosos, referindo estarem satisfeitos com ato cirúrgico por terem retornado aos hábitos usuais. CONCLUSÕES: A reconstrução com o colo em pacientes submetidos à esofagectomia por megaesôfago avançado não deve ser a primeira opção de tratamento, tendo somente indicação quando for inviável a transposição gástrica, e ela deve ser considerada técnica cirúrgica com alta morbimortalidade em pacientes previamente gastrectomizados. |
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