É possível diminuir o sangramento em hepatectomias sem a realização de exclusão vascular total ou parcial?: Resultados do uso de radiofrequência bipolar com agulhas resfriadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sampaio,José Artur
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Waechter,Fábio Luiz, Passarin,Thiago Luciano, Kruse,Cristine Kist, Nectoux,Mauro, Fontes,Paulo Roberto Ott, Lima,Luiz Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202011000200013
Resumo: RACIONAL: Embora a ressecção seja ainda o procedimento de escolha no tratamento curativo das lesões malignas do fígado, o sangramento permanece como fator de morbidade com grande impacto na cirurgia hepática. Com o intuito de minimizar esta complicação, diversas opções tecnológicas têm sido utilizadas, entre elas mais recentemente a radiofrequência, permitindo que o procedimento seja realizado com incisões menores, sem necessidade de clampeamento vascular, com mínima dissecção hepática, ou sangramento. OBJETIVO: Apresentar os resultados em uma série de pacientes utilizando nova técnica de ressecção do parênquima hepático através de agulhas paralelas de radiofrequência bipolar desenvolvidas pelos próprios autores, verificando o impacto no sangramento trans-operatório dos pacientes submetidos à hepatectomias. MÉTODOS: Sessenta pacientes foram submetidos à ressecção hepática através do uso da radiofrequência bipolar. O sangramento per-operatório foi avaliado através da medição do volume coletado em aspirador e pela diferença de peso nas compressas utilizadas durante o procedimento. Todos os casos foram acompanhados em sua função hepatocitária através de exames laboratoriais durante a primeira semana de pós-operatório. RESULTADOS: As ressecções hepáticas foram realizadas com média de 87 minutos, tamanho médio da incisão abdominal de 14 cm e sangramento médio de 58 mililitros. Nenhum paciente recebeu transfusão de sangue ou derivados. Não foram utilizados cateteres venosos centrais. Todos pacientes obtiveram rápida recuperação anestésica, obtendo alta da sala de recuperação para a enfermaria em menos de 12 horas. A drenagem pós-operatória foi anotada até a retirada do dreno abdominal em todos os pacientes. O tempo de internação hospitalar médio foi de 3,2 dias. Após um pico de elevação das provas de função hepática nos primeiros três dias, todos apresentaram retorno destes exames aos parâmetros pré-operatórios ao final do 1o mês. CONCLUSÃO: É possível, factível e válida a utilização de agulhas de radiofrequência para a realização de hepatectomias, mesmo maiores, reduzindo o sangramento.
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