Perfil dos pacientes ambulatoriais com doenças inflamatórias intestinais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kleinubing-Júnior,Harry
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Pinho,Mauro de S. L, Ferreira,Luis Carlos, Bachtold,Guilherme Augusto, Merki,Amanda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202011000300004
Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades crônicas, que afetam significativamente a qualidade e expectativa de vida dos pacientes. Existe polimorfismo clínico e a abordagem terapêutica tem sido modificada nos últimos anos. OBJETIVO: Reavaliar o perfil dos pacientes em acompanhamento ambulatorial analisando o comportamento das doenças, sua prevalência e conduta terapêutica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal da última atualização da base de dados dos pacientes de ambulatório de doença inflamatória intestinal em 2010. Os itens analisados foram sexo e idade dos pacientes, tipo da doença (retocolite ulcerativa ou doença de Crohn), localização da doença, tipo de medicação em uso, e se os pacientes estavam sintomáticos ou assintomáticos na última consulta. RESULTADOS: Foram estudados 171 pacientes. O sexo feminino mostrou-se predominante (60,8%) e a média de idade dos pacientes foi de 42,3, variando de 16 a 84 anos. Em relação ao tipo de doença inflamatória, a retocolite ulcerativa mostrou-se mais prevalente (58,5%). As localizações mais frequentes na retocolite ulcerativa foram pancolite e retite, ambas com 26% (n=26). Na doença de Crohn a localização ileocolônica foi a mais prevalente, com 47,9% (n=34), sendo seguida pela colônica com 25,4% (n=18). A monoterapia foi a mais utilizada, correspondendo a 54,4% dos pacientes, sendo que os imunossupressores foram as drogas de uso mais frequente (35,5%). A associação de medicamentos foi necessária em 36,3% dos casos, sendo a combinação mais frequente salicilato local com sistêmico em 33,9%. Nos portadores de retocolite ulcerativa 82% estavam em uso de salicilatos, seja local ou sistêmico. Na doença de Crohn 57,7% faziam uso de imunossupressores. Em relação à atividade da doença na última consulta, 71,3% dos pacientes apresentavam-se assintomáticos. CONCLUSÃO: A retocolite ulcerativa foi pouco mais prevalente que a doença de Crohn, sendo pancolite e retite as localizações mais frequentes. Na doença de Crohn a localização ileocolônica foi a mais encontrada seguida pela colônica. A monoterapia com imunossupressores foi o esquema terapêutico mais utilizado. A maioria dos pacientes apresentava-se assintomático na última consulta.
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