Avaliação das complicações da esofagectomia de resgate na terapêutica cirúrgica do câncer de esôfago avançado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aquino,José Luis Braga de
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Said,Marcelo Manzano, Pereira,Douglas Alexandre Rizzanti, Cecchino,Gustavo Nardini, Leandro-Merhi,Vânia Aparecida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202013000300004
Resumo: RACIONAL: Apesar das inúmeras opções terapêuticas, o prognóstico da neoplasia maligna de esôfago continua sombrio. Devido à baixa taxa de cura da esofagectomia, foram desenvolvidas novas propostas de tratamento como a quimioterapia e radioterapia isoladas ou associadas, concomitante ou não à cirurgia, além da quimiorradiação exclusiva. A esofagectomia de regaste surge como opção terapêutica para aqueles pacientes com recorrência ou persistência da doença após tratamento clínico. OBJETIVO: Avaliar os resultados da esofagectomia de resgate em pacientes com câncer de esôfago submetidos previamente à quimiorradiação exclusiva, assim como descrever as complicações locais e sistêmicas. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 18 pacientes com diagnóstico inicial de carcinoma epidermóide de esôfago irressecável, submetidos previamente à quimiorradioterapia. Após o tratamento oncológico eles foram examinados quanto às suas condições clínicas pré-operatórias. Foi realizada a esofagectomia por toracotomia direita e reconstrução do trânsito digestivo por cervicolaparotomia. Os mesmos foram avaliados no período pós-operatório tanto em relação às complicações locais e sistêmicas como em relação à qualidade de vida. RESULTADOS: As complicações foram frequentes, sendo que cinco pacientes desenvolveram fístula por deiscência da anastomose. Quatro desses evoluíram de maneira satisfatória. Cinco também apresentaram estenose esofagogástrica cervical, mas responderam bem à dilatação endoscópica. Infecção pulmonar foi outra complicação observada e presente em sete pacientes, sendo inclusive causa de óbito em dois deles. Dentre os em que se conseguiu realizar seguimento com tempo médio de 5,6 anos, 53,8% estão vivos sem doença. CONCLUSÕES: Existe elevada morbidade da esofagectomia de regaste principalmente após longo espaço de tempo entre quimiorradiação e a cirurgia, propiciando maior dano tecidual e predisposição à formação de fistulas anastomóticas. No entanto, os resultados se mostram favoráveis àqueles que não possuem mais opções terapêuticas.
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