Complicações pós-operatórias após gastrectomia total no câncer gástrico: análise de 300 doentes
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202011000200007 |
Resumo: | RACIONAL: A gastrectomia total é considerada um procedimento de alto nível de complexidade, apresenta taxas de complicações elevadas, tanto locais como gerais, pois os doentes na sua maioria estão com as condições clínicas e nutricionais comprometidas pela doença. OBJETIVOS: analisar os resultados imediatos e complicações da gastrectomia total no período de 1972 a 2007. MÉTODOS: Foram revisados os prontuários médicos de 300 doentes portadores de adenocarcinoma gástrico, subdivididos em dois períodos: 1972 a 1992 - compreendendo 108 doentes (36%) e 1993 a 2007 - compreendendo 192 doentes (64%). Eram 67,3% do sexo masculinos, 70,7% brancos e com faixa etária variando de 25 a 86 anos (média de 63,4 anos). As lesões estavam localizadas em cárdia - 40 casos (13,3%); fundo gástrico - 83 casos (27,6%); corpo gástrico - 77 casos (25,6%); linite plástica - 45 casos (15%); côto gástrico - 33 casos (11%) e antro/corpo gástrico - 22 casos (7,3%). A gastrectomia total ampliada com linfadenectomia até nível D2 foi realizada em 246 casos (82%). RESULTADOS: A técnica de reconstrução mais utilizada foi a anastomose esôfago-jejunal término-lateral em Y-Roux em 257 doentes (86,7%). As complicações gerais no período de 1972-92 totalizaram 47 casos (43,5%), compreendendo principalmente as respiratórias (28 casos - 25,9%) e as urinárias (10 casos - 9,2%). No período 1993-2007 totalizaram 48 casos (25%), principalmente complicações respiratórias (27 casos - 14%), seguidas também das urinárias (12 casos - 6,2%). No período de 1972-92 estas complicações locais totalizaram 45 casos (30,8%) e no período de 1993-2007 atingiram 28 casos (14,5%), sendo as fistulas digestivas as mais frequentes. A mortalidade operatória até o 30º dia foi de 18 casos (6%), sendo que no período de 1972-92 totalizou 12 casos (11,1%) e no período de 1993-2007 foi de 7 casos (3,6%). CONCLUSÕES: A gastrectomia total é um procedimento que requer experiência do cirurgião, de sua equipe, empregando técnica cirúrgica aprimorada para minimizar as complicações pós-operatórias. As complicações pós-operatórias requerem cuidados no controle das infecções, das vias aéreas e cuidados nutricionais, diminuindo a mortalidade, aumentando a sobrevida e contribuindo para a qualidade de vida do doente. |
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