Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Beatriz Muccini Costa
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Kubiak,Fabiana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saude em Debate
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042019000300939
Resumo: RESUMO O Brasil carrega em sua história séculos de escravidão e ideologias racistas que se refletem no quadro de desigualdades sociais na atualidade. Pesquisas revelam que mulheres negras possuem o pior acesso e qualidade de atendimento em saúde, o que seria consequência do racismo institucional. Com base nesses dados, realizou-se revisão de literatura utilizando a metodologia de revisão sistemática com objetivo de levantar a produção científica brasileira referente ao racismo institucional e à saúde da mulher negra, além de analisar como o tema tem sido tratado pelos pesquisadores. Ficou evidenciado que a literatura a respeito permanece escassa, reforçando a necessidade de se abordar o tema racismo nas pesquisas. Apesar de a desigualdade racial se confirmar em todos os artigos analisados, suas conclusões foram diversas e alguns autores interpretaram os dados como consequência apenas da desigualdade econômica. Conclui-se que o debate a respeito do racismo é de fundamental importância no seu combate e que a associação da desigualdade racial à condição econômica é um reflexo do mito da democracia racial que contribui para a manutenção do racismo institucional. É necessária maior sensibilização dos profissionais a respeito do racismo, de forma a que se torne indispensável pensar na categoria racial para obtenção de uma saúde igualitária.
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