Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saude em Debate |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042022000200290 |
Resumo: | RESUMO O Município do Rio de Janeiro (MRJ) estava entre as cidades com altas taxas de mortalidade ao longo da pandemia de Covid-19. Neste estudo, analisamos as taxas de incidência, de mortalidade e letalidade por Covid-19 nas áreas com predominância de Aglomerados Subnormais (ASN). Foram considerados todos os 36 bairros da Sub-Bacia do Canal do Cunha (SBCC) associadas às características demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas, com estatística espacial de Moran. A taxa de incidência nos bairros da SBCC foi de 621,5/10.000 habitantes. Complexo do Alemão, Mangueira, e Maré tiveram maiores proporções de casos e mortes. A menor incidência (33,6/10.000 habitantes) e mortalidade (8,3/10.000 habitantes), mas com maior taxa de letalidade (24,7%) foi registrada no Complexo do Alemão. Foi observado correlação negativa entre a taxa de mortalidade e a proporção de habitantes nos bairros com ASN (rho= -0,433; p=0,023). Na estatística espacial, houve correlação inversa para a incidência da Covid-19 (índice Moran, -0,155863; p=0,02). Conclui-se que incidência e mortalidade nas áreas de ASN estão significativamente relacionadas com as estruturas sociodemográficas, demandando o reforço dos sistemas de vigilância e de controle da Covid-19 em territórios de favelas. As recomendações não farmacológicas e a Atenção Primária à Saúde em favelas desempenham relevante papel na redução da transmissão, mortalidade e iniquidades em saúde. |
id |
CBES-1_822b3fead738f2dbe553c231446d6049 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-11042022000200290 |
network_acronym_str |
CBES-1 |
network_name_str |
Saude em Debate |
repository_id_str |
|
spelling |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de JaneiroCovid-19Áreas de favelasIncidênciaMortalidadeEstatística espacialRESUMO O Município do Rio de Janeiro (MRJ) estava entre as cidades com altas taxas de mortalidade ao longo da pandemia de Covid-19. Neste estudo, analisamos as taxas de incidência, de mortalidade e letalidade por Covid-19 nas áreas com predominância de Aglomerados Subnormais (ASN). Foram considerados todos os 36 bairros da Sub-Bacia do Canal do Cunha (SBCC) associadas às características demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas, com estatística espacial de Moran. A taxa de incidência nos bairros da SBCC foi de 621,5/10.000 habitantes. Complexo do Alemão, Mangueira, e Maré tiveram maiores proporções de casos e mortes. A menor incidência (33,6/10.000 habitantes) e mortalidade (8,3/10.000 habitantes), mas com maior taxa de letalidade (24,7%) foi registrada no Complexo do Alemão. Foi observado correlação negativa entre a taxa de mortalidade e a proporção de habitantes nos bairros com ASN (rho= -0,433; p=0,023). Na estatística espacial, houve correlação inversa para a incidência da Covid-19 (índice Moran, -0,155863; p=0,02). Conclui-se que incidência e mortalidade nas áreas de ASN estão significativamente relacionadas com as estruturas sociodemográficas, demandando o reforço dos sistemas de vigilância e de controle da Covid-19 em territórios de favelas. As recomendações não farmacológicas e a Atenção Primária à Saúde em favelas desempenham relevante papel na redução da transmissão, mortalidade e iniquidades em saúde.Centro Brasileiro de Estudos de Saúde2022-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042022000200290Saúde em Debate v.46 n.133 2022reponame:Saude em Debateinstname:Centro Brasileiro de Estudos de Saudeinstacron:CBES10.1590/0103-1104202213303info:eu-repo/semantics/openAccessMartins,Adriana SoteroSiqueira,Marilda Agudo Mendonça Teixeira deFlores,Geane LopesCoelho,Wagner NazárioCarvajal,ElviraAguiar-Oliveira,Maria de Lourdespor2022-06-14T00:00:00Zoai:scielo:S0103-11042022000200290Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-1104&lng=en&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevista@saudeemdebate.org.br2358-28980103-1104opendoar:2022-06-14T00:00Saude em Debate - Centro Brasileiro de Estudos de Saudefalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
title |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
spellingShingle |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro Martins,Adriana Sotero Covid-19 Áreas de favelas Incidência Mortalidade Estatística espacial |
title_short |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
title_full |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
title_fullStr |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
title_full_unstemmed |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
title_sort |
Condições socioeconômicas e impactos da pandemia da Covid-19 na região da Sub-Bacia do Canal do Cunha, Rio de Janeiro |
author |
Martins,Adriana Sotero |
author_facet |
Martins,Adriana Sotero Siqueira,Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Flores,Geane Lopes Coelho,Wagner Nazário Carvajal,Elvira Aguiar-Oliveira,Maria de Lourdes |
author_role |
author |
author2 |
Siqueira,Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Flores,Geane Lopes Coelho,Wagner Nazário Carvajal,Elvira Aguiar-Oliveira,Maria de Lourdes |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Martins,Adriana Sotero Siqueira,Marilda Agudo Mendonça Teixeira de Flores,Geane Lopes Coelho,Wagner Nazário Carvajal,Elvira Aguiar-Oliveira,Maria de Lourdes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Covid-19 Áreas de favelas Incidência Mortalidade Estatística espacial |
topic |
Covid-19 Áreas de favelas Incidência Mortalidade Estatística espacial |
description |
RESUMO O Município do Rio de Janeiro (MRJ) estava entre as cidades com altas taxas de mortalidade ao longo da pandemia de Covid-19. Neste estudo, analisamos as taxas de incidência, de mortalidade e letalidade por Covid-19 nas áreas com predominância de Aglomerados Subnormais (ASN). Foram considerados todos os 36 bairros da Sub-Bacia do Canal do Cunha (SBCC) associadas às características demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas, com estatística espacial de Moran. A taxa de incidência nos bairros da SBCC foi de 621,5/10.000 habitantes. Complexo do Alemão, Mangueira, e Maré tiveram maiores proporções de casos e mortes. A menor incidência (33,6/10.000 habitantes) e mortalidade (8,3/10.000 habitantes), mas com maior taxa de letalidade (24,7%) foi registrada no Complexo do Alemão. Foi observado correlação negativa entre a taxa de mortalidade e a proporção de habitantes nos bairros com ASN (rho= -0,433; p=0,023). Na estatística espacial, houve correlação inversa para a incidência da Covid-19 (índice Moran, -0,155863; p=0,02). Conclui-se que incidência e mortalidade nas áreas de ASN estão significativamente relacionadas com as estruturas sociodemográficas, demandando o reforço dos sistemas de vigilância e de controle da Covid-19 em territórios de favelas. As recomendações não farmacológicas e a Atenção Primária à Saúde em favelas desempenham relevante papel na redução da transmissão, mortalidade e iniquidades em saúde. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042022000200290 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-11042022000200290 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0103-1104202213303 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde |
dc.source.none.fl_str_mv |
Saúde em Debate v.46 n.133 2022 reponame:Saude em Debate instname:Centro Brasileiro de Estudos de Saude instacron:CBES |
instname_str |
Centro Brasileiro de Estudos de Saude |
instacron_str |
CBES |
institution |
CBES |
reponame_str |
Saude em Debate |
collection |
Saude em Debate |
repository.name.fl_str_mv |
Saude em Debate - Centro Brasileiro de Estudos de Saude |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@saudeemdebate.org.br |
_version_ |
1754209002084892672 |