Retinopatia hipertensiva e prognóstico fetal nas doenças hipertensivas da gestação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos,Ayrton R. B.
Data de Publicação: 1995
Outros Autores: Schwartz Filho,Humberto, Moreira Jr.,Carlos A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491995000400260
Resumo: RESUMO Introdução: Toxemia gravídica é uma síndrome caracterizada por hipertensão, proteinúria, edema e ganho de peso, no terceiro trimestre da gravidez. Essa doença sistêmica pode afetar quase todos os órgãos do corpo humano, tendo, potencialmente, conseqüências devastadoras para a mãe e para o feto. O objetivo deste estudo é verificar a importância do exame oftalmológico no diagnóstico da toxemia gravídica, bem como correlacioná-la com os achados de retinopatia hipertensiva e prognóstico fetal. Materiais e métodos: Pacientes gestantes, portadoras de pressão arterial elevada, foram submetidas à fundoscopia e enquadradas na classificação de Gans e na de Keith-Wagener-Barker, (KW). Após o nascimento, os recémnatos (RNs) foram avaliados quanto à idade gestacional (PARKIN), peso e índice de Apgar. Resultados: Foram examinadas 148 gestantes, com idade entre 14 a 48 anos (média 28,67 anos). Destas, 26 (17,6%) eram portadoras de pré-eclâmpsia leve, 35 (23,6%) de pré-eclâmpsia severa, 9 (6,1%) de eclâmpsia e 78 (52,7%) de hipertensão arterial crônica. De acordo com a classificação de KW, 89 (60,1%) tinham retinopatia leve (grau 1), 26 (17,6%) moderada (grau 2), 24 (16,2%) severa e 9 (6,1%) não tinham sinais de retinopatia hipertensiva. Do total de 143 RNs, 55 (38,5%) eram pequenos para a idade gestacional, 90 (62,9%) eram prematuros, 27 (18,2%) foram a óbito, 45 (31,5%) tinham Apgar 1, 2 ou 3 no 1º minuto, e 32 (22,4%) tinham Apgar 1, 2 ou 3, no 5º minuto de vida. Conclusões: Concluiu-se pela análise dos resultados, que, através da fundoscopia, pode-se confirmar o diagnóstico do tipo de toxemia gravídica (p<0,001), entretanto, foi impossível, através desse exame, prever qualquer situação do prognóstico fetal. Concluiu-se, também, que os melhores exames para previsão do prognóstico fetal são: a avaliação da pressão arterial e o próprio diagnóstico clínico feito pelo obstetra, com base em exames laboratoriais (p<0,001).
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