Dez anos de doação de córneas no Banco de Olhos do Hospital São Paulo: perfil dos doadores de 1996 a 2005
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000200009 |
Resumo: | HISTÓRICO: Apesar dos esforços que vêm sendo realizados mais recentemente, a falta de córneas para transplantes ainda é uma realidade no Brasil, principalmente em algumas regiões. O Banco de Olhos do Hospital São Paulo tem como objetivo garantir a qualidade e conservação dos tecidos oculares humanos para disponibilizá-los para transplantes. A qualidade do tecido encontra-se diretamente ligada a todos os processos realizados pela equipe do banco de olhos, a partir da seleção dos doadores. OBJETIVO: Conhecer o perfil dos doadores de córneas do Banco de Olhos do Hospital São Paulo num período de dez anos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de fichas de doadores, no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2005. RESULTADOS: Chegaram ao Banco de Olhos do Hospital São Paulo 3.624 córneas. A idade média dos doadores foi de 56,8 anos. A faixa etária com maior doação foi de 70-79 anos. A causa mortis mais freqüente foi doença cardiovascular, seguida por neoplasias, doenças respiratórias e trauma. O tempo "enucleação" foi em média de 3,8 horas e o tempo "preservação" foi em média de 3,6 horas. A maioria dos tecidos foi preservada em meios Optisol GS®. Os doadores jovens tiveram maior proporção de córneas consideradas de qualidade "Excelente" ou "Boa". CONCLUSÃO: Ao longo do período estudado de 10 anos, houve tendência de redução no recebimento de tecidos de outros bancos de olhos e progressivo aumento na captação e preservação de tecidos pela equipe do próprio Banco, com redução significativa no tempo de preservação dos tecidos. Os doadores foram, na maioria, do sexo masculino e as doenças cardiovasculares lideraram as causas de óbito. Apesar da maioria das córneas serem provenientes de doadores acima de 60 anos, o maior percentual de aproveitamento de córneas para transplantes ópticos foi de doadores jovens. |
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Dez anos de doação de córneas no Banco de Olhos do Hospital São Paulo: perfil dos doadores de 1996 a 2005Bancos de OlhosTransplante de córneaEndotélio da córnea/patologiaTransplante de tecidosDoadores de tecidos/estatística & dados numéricosHISTÓRICO: Apesar dos esforços que vêm sendo realizados mais recentemente, a falta de córneas para transplantes ainda é uma realidade no Brasil, principalmente em algumas regiões. O Banco de Olhos do Hospital São Paulo tem como objetivo garantir a qualidade e conservação dos tecidos oculares humanos para disponibilizá-los para transplantes. A qualidade do tecido encontra-se diretamente ligada a todos os processos realizados pela equipe do banco de olhos, a partir da seleção dos doadores. OBJETIVO: Conhecer o perfil dos doadores de córneas do Banco de Olhos do Hospital São Paulo num período de dez anos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de fichas de doadores, no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2005. RESULTADOS: Chegaram ao Banco de Olhos do Hospital São Paulo 3.624 córneas. A idade média dos doadores foi de 56,8 anos. A faixa etária com maior doação foi de 70-79 anos. A causa mortis mais freqüente foi doença cardiovascular, seguida por neoplasias, doenças respiratórias e trauma. O tempo "enucleação" foi em média de 3,8 horas e o tempo "preservação" foi em média de 3,6 horas. A maioria dos tecidos foi preservada em meios Optisol GS®. Os doadores jovens tiveram maior proporção de córneas consideradas de qualidade "Excelente" ou "Boa". CONCLUSÃO: Ao longo do período estudado de 10 anos, houve tendência de redução no recebimento de tecidos de outros bancos de olhos e progressivo aumento na captação e preservação de tecidos pela equipe do próprio Banco, com redução significativa no tempo de preservação dos tecidos. Os doadores foram, na maioria, do sexo masculino e as doenças cardiovasculares lideraram as causas de óbito. Apesar da maioria das córneas serem provenientes de doadores acima de 60 anos, o maior percentual de aproveitamento de córneas para transplantes ópticos foi de doadores jovens.Conselho Brasileiro de Oftalmologia2008-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000200009Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.71 n.2 2008reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)instacron:CBO10.1590/S0004-27492008000200009info:eu-repo/semantics/openAccessAdán,Consuelo Bueno DinizDiniz,Amanda RochaPerlatto,DéboraHirai,Flávio EduardoSato,Elcio Hideopor2008-05-26T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27492008000200009Revistahttp://aboonline.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpaboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br1678-29250004-2749opendoar:2008-05-26T00:00Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)false |
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