Freqüência das alterações oftalmológicas em pacientes com hanseníase residentes em hospital-colônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Francineide Sadala de
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Almeida,Luciana Negrão Frota de, Costa,Joângela Pereira, Rocha,Patrícia Valiati da, Almeida Sobrinho,Edmundo Frota de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492005000300017
Resumo: OBJETIVOS: Identificar a freqüência das alterações oculares em pacientes hansenianos residentes em hospital-colônia; comprovar a predileção pelo segmento anterior do olho em relação ao posterior. MÉTODOS: Fez-se estudo transversal de 115 olhos de 58 pacientes internados no abrigo João Paulo II, em Marituba - Pará, no período de agosto a outubro de 1999. Os dados epidemiológicos da pesquisa foram obtidos da ficha de cada paciente e de dados colhidos durante o exame oftalmológico. Todos os pacientes estudados estavam curados da hanseníase segundo as normas do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Em 114 olhos (99,1%) foi observado envolvimento ocular, sendo a maioria (77,2%) pertencente à forma virchowiana. Os achados oculares mais freqüentes nos anexos oculares foram a madarose ciliar parcial (70,4%) e a madarose superciliar parcial (59,1%). Quanto ao bulbo ocular, o achado mais freqüente relacionado à hanseníase foi a diminuição e/ou ausência de sensibilidade corneana observada em 42,6% dos olhos, seguida da midríase paralítica (16,5%) encontrada no pós-operatório dos pacientes submetidos a facectomia, achado ligado intimamente à atrofia de íris (8,7%), comumente observada nestes pacientes. Não foi encontrada nenhuma alteração à fundoscopia que pudesse ser atribuída à hanseníase. CONCLUSÕES: A alta prevalência de alterações do bulbo ocular e anexos em pacientes portadores de hanseníase, principalmente na forma virchowiana, indicam a necessidade da assistência contínua a esses pacientes mesmo após a cura da doença.
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