Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jankov II,Mirko R.
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Hafezi,Farhad, Beko,Maja, Ignjatovic,Zora, Djurovic,Branislav, Markovic,Vujica, Schor,Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000600009
Resumo: OBJETIVO: Apresentar os resultados visuais e ceratométricos, seis meses após tratamento foto-terapêutico com luz ultravioleta (UV) e vitamina B2 (Ultra B2), em pacientes com ceratocone progressivo. MÉTODOS: Vinte e cinco olhos de 20 pacientes (15 homens e 5 mulheres) com ceratocone progressivo, determinado pelo aumento de curvatura em exames seriados de topografia corneal, nos últimos seis meses foram avaliados. Acuidade visual não corrigida (UVA), acuidade visual melhor corrigida com óculos (BSCVA), equivalente esférico (SEQ), cilindro refrativo manifesto e a curvatura máxima (max K) pré e pós-operatórios (1, 3 e 6 meses) foram determinadas. Todos os pacientes foram submetidos ao tratamento Ultra B2 usando riboflavina (vitamina B2) e a luz ultravioleta (UV, 370 nm). O epitélio corneal foi removido após assepsia, colocação de blefarostato e anestesia tópica com proparacaína, por meio de solução de álcool hidratado (20%) utilizada por 30 segundos. A córnea foi saturada com vitamina B2 por 15 minutos; em seguida, foi irradiada por luz UV por 30 minutos. Ao final do procedimento, foi colocada lente de contato terapêutica (LCT), mantida até a epitelização total. RESULTADOS: Houve melhora na UVA após o primeiro mês (de 0,15 ± 0,15 para 0,23 ± 0,20), com contínua mudança no terceiro e sexto mês pós-operatório, atingindo a diferença estatisticamente significante nesse período (p=0,025 e p=0,037 respectivamente). BSCVA melhorou de 0,41 ± 0,27 para 0,49 ± 0,29 no sexto mês, sem atingir a diferença estatisticamente significante. A progressão do ceratocone após o procedimento não foi notada em nenhum paciente, em comparação com o avanço topográfico nos 6 meses precedentes. Após 6 meses do procedimento, max K diminuiu em mais que 2,00 D (de 53,02 ± 8,42 para 50,88 ± 6,05 D), SEQ em menos que 1 D (de -3,27 ± 4,08 para -2,68 ± 3,02 D) e o cilindro refrativo em menos que 0,5 D (de -2,29 ± 1,77 para -1,86 ± 0,92), sem atingir diferença estatisticamente significante. Nenhum dos olhos perdeu linha de BSCVA, 12 mantiveram o BSCVA pré-operatório, 7 ganharam uma linha, 5 ganharam duas e 1 paciente ganhou três linhas de BSCVA. CONCLUSÕES: O tratamento com Ultra-B2 mostrou-se seguro (não apresentou perda de linha de visão corrigida) e eficaz (manteve os parâmetros anatômicos e ópticos) em estacionar a progressão da ectasia corneal. Houve redução, embora sem significância estatística, da curvatura corneal máxima, equivalente esférico e cilindro refrativo nos olhos com a córnea instável devida ao ceratocone.
id CBO-2_3a2aa028c14060578a80a01db5a038af
oai_identifier_str oai:scielo:S0004-27492008000600009
network_acronym_str CBO-2
network_name_str Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
repository_id_str
spelling Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminaresCeratocone/terapiaColágeno/efeitos de radiaçãoRiboflavina/uso terapêuticoTerapia ultravioletaFototerapiaRaios ultravioletaReagentes para ligações cruzadasOBJETIVO: Apresentar os resultados visuais e ceratométricos, seis meses após tratamento foto-terapêutico com luz ultravioleta (UV) e vitamina B2 (Ultra B2), em pacientes com ceratocone progressivo. MÉTODOS: Vinte e cinco olhos de 20 pacientes (15 homens e 5 mulheres) com ceratocone progressivo, determinado pelo aumento de curvatura em exames seriados de topografia corneal, nos últimos seis meses foram avaliados. Acuidade visual não corrigida (UVA), acuidade visual melhor corrigida com óculos (BSCVA), equivalente esférico (SEQ), cilindro refrativo manifesto e a curvatura máxima (max K) pré e pós-operatórios (1, 3 e 6 meses) foram determinadas. Todos os pacientes foram submetidos ao tratamento Ultra B2 usando riboflavina (vitamina B2) e a luz ultravioleta (UV, 370 nm). O epitélio corneal foi removido após assepsia, colocação de blefarostato e anestesia tópica com proparacaína, por meio de solução de álcool hidratado (20%) utilizada por 30 segundos. A córnea foi saturada com vitamina B2 por 15 minutos; em seguida, foi irradiada por luz UV por 30 minutos. Ao final do procedimento, foi colocada lente de contato terapêutica (LCT), mantida até a epitelização total. RESULTADOS: Houve melhora na UVA após o primeiro mês (de 0,15 ± 0,15 para 0,23 ± 0,20), com contínua mudança no terceiro e sexto mês pós-operatório, atingindo a diferença estatisticamente significante nesse período (p=0,025 e p=0,037 respectivamente). BSCVA melhorou de 0,41 ± 0,27 para 0,49 ± 0,29 no sexto mês, sem atingir a diferença estatisticamente significante. A progressão do ceratocone após o procedimento não foi notada em nenhum paciente, em comparação com o avanço topográfico nos 6 meses precedentes. Após 6 meses do procedimento, max K diminuiu em mais que 2,00 D (de 53,02 ± 8,42 para 50,88 ± 6,05 D), SEQ em menos que 1 D (de -3,27 ± 4,08 para -2,68 ± 3,02 D) e o cilindro refrativo em menos que 0,5 D (de -2,29 ± 1,77 para -1,86 ± 0,92), sem atingir diferença estatisticamente significante. Nenhum dos olhos perdeu linha de BSCVA, 12 mantiveram o BSCVA pré-operatório, 7 ganharam uma linha, 5 ganharam duas e 1 paciente ganhou três linhas de BSCVA. CONCLUSÕES: O tratamento com Ultra-B2 mostrou-se seguro (não apresentou perda de linha de visão corrigida) e eficaz (manteve os parâmetros anatômicos e ópticos) em estacionar a progressão da ectasia corneal. Houve redução, embora sem significância estatística, da curvatura corneal máxima, equivalente esférico e cilindro refrativo nos olhos com a córnea instável devida ao ceratocone.Conselho Brasileiro de Oftalmologia2008-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000600009Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.71 n.6 2008reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)instacron:CBO10.1590/S0004-27492008000600009info:eu-repo/semantics/openAccessJankov II,Mirko R.Hafezi,FarhadBeko,MajaIgnjatovic,ZoraDjurovic,BranislavMarkovic,VujicaSchor,Paulopor2009-01-19T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27492008000600009Revistahttp://aboonline.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpaboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br1678-29250004-2749opendoar:2009-01-19T00:00Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)false
dc.title.none.fl_str_mv Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
title Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
spellingShingle Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
Jankov II,Mirko R.
Ceratocone/terapia
Colágeno/efeitos de radiação
Riboflavina/uso terapêutico
Terapia ultravioleta
Fototerapia
Raios ultravioleta
Reagentes para ligações cruzadas
title_short Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
title_full Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
title_fullStr Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
title_full_unstemmed Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
title_sort Ultra B2 - Promoção de ligações covalentes do colágeno corneal (Corneal cross-linking) no tratamento de ceratocone: resultados preliminares
author Jankov II,Mirko R.
author_facet Jankov II,Mirko R.
Hafezi,Farhad
Beko,Maja
Ignjatovic,Zora
Djurovic,Branislav
Markovic,Vujica
Schor,Paulo
author_role author
author2 Hafezi,Farhad
Beko,Maja
Ignjatovic,Zora
Djurovic,Branislav
Markovic,Vujica
Schor,Paulo
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Jankov II,Mirko R.
Hafezi,Farhad
Beko,Maja
Ignjatovic,Zora
Djurovic,Branislav
Markovic,Vujica
Schor,Paulo
dc.subject.por.fl_str_mv Ceratocone/terapia
Colágeno/efeitos de radiação
Riboflavina/uso terapêutico
Terapia ultravioleta
Fototerapia
Raios ultravioleta
Reagentes para ligações cruzadas
topic Ceratocone/terapia
Colágeno/efeitos de radiação
Riboflavina/uso terapêutico
Terapia ultravioleta
Fototerapia
Raios ultravioleta
Reagentes para ligações cruzadas
description OBJETIVO: Apresentar os resultados visuais e ceratométricos, seis meses após tratamento foto-terapêutico com luz ultravioleta (UV) e vitamina B2 (Ultra B2), em pacientes com ceratocone progressivo. MÉTODOS: Vinte e cinco olhos de 20 pacientes (15 homens e 5 mulheres) com ceratocone progressivo, determinado pelo aumento de curvatura em exames seriados de topografia corneal, nos últimos seis meses foram avaliados. Acuidade visual não corrigida (UVA), acuidade visual melhor corrigida com óculos (BSCVA), equivalente esférico (SEQ), cilindro refrativo manifesto e a curvatura máxima (max K) pré e pós-operatórios (1, 3 e 6 meses) foram determinadas. Todos os pacientes foram submetidos ao tratamento Ultra B2 usando riboflavina (vitamina B2) e a luz ultravioleta (UV, 370 nm). O epitélio corneal foi removido após assepsia, colocação de blefarostato e anestesia tópica com proparacaína, por meio de solução de álcool hidratado (20%) utilizada por 30 segundos. A córnea foi saturada com vitamina B2 por 15 minutos; em seguida, foi irradiada por luz UV por 30 minutos. Ao final do procedimento, foi colocada lente de contato terapêutica (LCT), mantida até a epitelização total. RESULTADOS: Houve melhora na UVA após o primeiro mês (de 0,15 ± 0,15 para 0,23 ± 0,20), com contínua mudança no terceiro e sexto mês pós-operatório, atingindo a diferença estatisticamente significante nesse período (p=0,025 e p=0,037 respectivamente). BSCVA melhorou de 0,41 ± 0,27 para 0,49 ± 0,29 no sexto mês, sem atingir a diferença estatisticamente significante. A progressão do ceratocone após o procedimento não foi notada em nenhum paciente, em comparação com o avanço topográfico nos 6 meses precedentes. Após 6 meses do procedimento, max K diminuiu em mais que 2,00 D (de 53,02 ± 8,42 para 50,88 ± 6,05 D), SEQ em menos que 1 D (de -3,27 ± 4,08 para -2,68 ± 3,02 D) e o cilindro refrativo em menos que 0,5 D (de -2,29 ± 1,77 para -1,86 ± 0,92), sem atingir diferença estatisticamente significante. Nenhum dos olhos perdeu linha de BSCVA, 12 mantiveram o BSCVA pré-operatório, 7 ganharam uma linha, 5 ganharam duas e 1 paciente ganhou três linhas de BSCVA. CONCLUSÕES: O tratamento com Ultra-B2 mostrou-se seguro (não apresentou perda de linha de visão corrigida) e eficaz (manteve os parâmetros anatômicos e ópticos) em estacionar a progressão da ectasia corneal. Houve redução, embora sem significância estatística, da curvatura corneal máxima, equivalente esférico e cilindro refrativo nos olhos com a córnea instável devida ao ceratocone.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000600009
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492008000600009
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0004-27492008000600009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Conselho Brasileiro de Oftalmologia
publisher.none.fl_str_mv Conselho Brasileiro de Oftalmologia
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Oftalmologia v.71 n.6 2008
reponame:Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
instname:Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
instacron:CBO
instname_str Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
instacron_str CBO
institution CBO
reponame_str Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
collection Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online) - Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
repository.mail.fl_str_mv aboonline@cbo.com.br||abo@cbo.com.br
_version_ 1754209025475477504