Estudo comparativo experimental de compósito bioativo de matriz polimérica para aplicação em cirurgia plástica ocular na substituição tecidual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França,Valênio Pérez
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Figueiredo,Ana Rosa Pimentel de, Vasconcelos,Anilton César, Oréfice,Rodrigo Lambert
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492005000400003
Resumo: OBJETIVO: Comparar dois novos biomateriais: compósito a 10% (Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Brasil) e compósito a 20% (Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Brasil), a dois materiais controles: Medpor® (Porex Surgical Inc. - EUA) e Polipore® (Homus Com. Ind. Ltda - Brasil). MÉTODOS: Estudo experimental randomizado duplo cego: em 28 coelhos, 56 implantes foram colocados por via transconjuntival após a remoção de fragmento de cartilagem da reborda orbitária superior de ambas as órbitas, formando-se 4 grupos: Grupo I: Compósito a 10%/Medpor®; Grupo II: Compósito a 10%/Polipore®; Grupo III: Compósito a 20%/Medpor®; Grupo IV: Compósito a 20%/Polipore®. Após permanência média de 19,7 semanas, o material explantado foi avaliado histomorfometricamente em microscopia óptica, e o estudo estatístico foi feito pelo teste t de Student. RESULTADOS: Nenhum implante sofreu extrusão, ocorrendo uma única exposição (Compósito a 20%). Comprovado similar biocompatibilidade dos materiais nos quatro grupos. A histomorfometria no entanto revelou nos compósitos a presença estatisticamente significativa de pseudocápsula mais espessa, com aumento do número de fibroblastos, maior quantidade de colágeno e neovasos, e menor número de células inflamatórias. Foi possível detectar na interface implante-tecido nos compósitos, a presença de camada de hidroxiapatita carbonatada, funcionando como cola biológica. A integração tecidual dos implantes através dos poros foi maior nos controles que nos compósitos. CONCLUSÃO: Os compósitos foram aprovados quanto a biocompatibilidade, e apresentaram adicionalmente algumas vantagens sobre o Medpor® e o Polipore®.
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