Serviço de visão subnormal do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC): análise dos pacientes atendidos no 1º ano do departamento (2004)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Ana Maria Tavares da Costa Pinto
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Matos,Marta Hercog Batista Rebelo de, Lima,Humberto de Castro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos brasileiros de oftalmologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492010000300011
Resumo: Objetivo: Traçar o perfil dos pacientes portadores de baixa visão atendidos no serviço de visão subnormal do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira (IBOPC). Métodos: Realizou-se um estudo transversal no qual foram revisados 82 prontuários de pacientes com baixa visão, atendidos pelo Serviço Único de Saúde (SUS) no primeiro ano do departamento de Visão Subnormal do Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira em 2004. Os dados analisados foram: sexo, faixa etária, etiologia, acuidade visual inicial e final (pós-refração) para longe e perto, com e sem auxílio óptico e recurso óptico indicado. Resultados: Dos 82 pacientes avaliados, 11 (13,4%) foram excluídos do trabalho por não apresentarem visão subnormal. Dos 71 pacientes restantes, 32 (45%) eram menores de 20 anos. Quanto ao sexo, não houve diferença estatisticamente significante (51% eram mulheres e 49% eram homens). A etiologia mais frequente em crianças e adolescentes foi o glaucoma congênito (15,6%). Em pacientes de 20 a 39 anos prevaleceu a toxoplasmose ocular (21,1%). Entre os pacientes de 40 a 59 anos, a retinose pigmentar foi a patologia mais frequente (19%). Nos idosos, o glaucoma foi a patologia mais encontrada (40%). Trinta e três pacientes (40,2%) tinham acuidade visual entre 20/60 e 20/160. O sistema telescópico foi o único auxílio óptico indicado para longe (44%) e os óculos foram os mais indicados para perto (54,5%). Conclusão: Existe uma alta prevalência de baixa visão em crianças e adolescentes em países em desenvolvimento como o Brasil. Desta forma o oftalmologista precisa criar programas preventivos, melhorar as condições de atendimento e atentar para o diagnóstico precoce e o tratamento destes pacientes.
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